Promover bem-estar, formação musical e abrir um leque cultural para famílias que nunca tiveram acesso ao ensino de música são os temas de um novo projeto social apresentado na noite desta quinta-feira (30) em Marília: o Escola Viola. Desenvolvido pelo Rotary Club 4 de Abril com apoio do Rotary Club Marília de Dirceu, o programa foi lançado durante jantar de celebração dos 24 anos do clube.
Vai oferecer aulas a famílias de baixa renda e atendimento integrado com outros projetos sociais que recebem apoio do Rotary, como o Lar da Criança ou o Cacam (Centro de Atendimento à Criança e Adolescente de Marília) e até formar uma orquestra de violeiros.
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Clube completa 24 anos de atuação
Noções de música, informações sobre viola e violão; leitura de cifras; uso e cuidados com o instrumento; formas de tocar e muita prática e ensaio estão no programa das aulas que vão estimular paixão pelas violas, formação de músicas e oferecer alternativa para que os jovens aproveitem seu tempo com conhecimento e cultura. O envolvimento segue após as aulas enquanto os jovens estiverem envolvidos e focados em aprender mais, falar e pensar sobre música.
O projeto começou com união de dois amigos rotarianos, o tenente PM dentista Raul Francisco Cardoso Júnior e o corretor Gilberto Pedro Moraes, fãs de viola, músicos autodidatas. De forma improvisada, Gilberto iniciou a formação musical em uma região de chácaras próxima ao Country Clube.
Logo percebeu que havia público, mas assim como não podem comprar as violas – que custam em torno de R$ 500 – as famílias não podiam ir até as chácaras.
Os dois entenderam que seria preciso ter violas para emprestar e salas para reunir os alunos na cidade. Levaram o projeto ao Rotary, em dois clubes diferentes: o 4 de Abril, onde Raul é sócio, e o Marília de Dirceu, clube de Gilberto. E o projeto andou.A atuação dos clubes deve fornecer até 20 violas, a Polícia Militar vai ceder as salas e o atendimento começa no dia 17 de novembro, segunda-feira, às 7h30.
“Esse projeto simboliza o que é a atuação do Rotary: união com um foco social, com atendimento que pode mudar vidas. Crianças, adultos, famílias podem encontrar harmonia, caminhos profissionais e despertar interesse por cultura a partir da dedicação dos dois companheiros e do envolvimento de todos os outros em possibilitar este projeto”, explica o presidente do Rotary 4 de Abril, João Carlos Affonso Ferreira.
Fotos: Nilo Pavarini/Giro Marília
Raul Cardoso Jr, do 4 de Abril, e Gilberto Moraes, do Marília
de Dirceu, idealizadores do projeto
“Sempre pensei em ter um conjunto, uma banda, tocar em palco. Esse sonho o Rotary está me ajudando a realizar. É muito gratificante poder fazer em um projeto como esse. Música é o melhor antidepressivo que existe, ainda melhor porque vamos ensinar, e ensinar crianças que precisam desse apoio”, disse Raul.
Miguel Argollo Ferrão Jr, da
Comissão para Fundação Rotária
“Percebemos o Rotary nas crianças recebendo presentes, bolas e carinho. Percebemos o Rotary no mento de aflição de uma família que busca uma cadeira de rodas, nos eventos da Apae, em um um cego que aprende a tocar teclado. E o Rotary se faz presente em ações como está, na harmonia dos sons da viola do projeto social que o Raul nos trouxe”, definiu o coordenador da Comissão para Fundação Rotária, Miguel Argollo Ferrão Júnior.