Fazer tatuagem é moda e também é estilo, depende de quem faz. Mas uma coisa é certa: tatuagem já não é tabu como foi no passado, pode ser feita com segurança e vale para diferentes idades, modos de vida e profissões.
Para os tatuadores Adriano Pulga – do estúdio Nativa Tatoo-, Alessander Venegas, o Chileno, e sua esposa Érica Forte -do Estudio The Brothers Tatoo-, o preconceito diminuiu e público tem variedade de opções em padrões de desenho, bons estúdios e técnicas.
A influência da mídia a favor e o fim do mito de que fazer tatuagem é perigoso estimulam e levam mais pessoas aos estúdios, cada vez mais organizados como empresas, mais limpos e preocupados em mostrar que os equipamentos e processos são todos cercados de higiene e controle.
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Agulhas são descartáveis, cadeiras ou macas são esterelizadas, tatuadores usam luvas, material descartável de limpeza e organização é palavra de ordem. O estilo da tatuagem você escolhe, o que tambémm pode definir quem será seu tatuador. Adriano Pulga prefere o estilo oriental horiyoshi. Alessander prefere o estilo colorido e Érica o oriental tradicional.
Pulga tem 18 anos de profissão, começou aos 19, ainda estudante mas sempre esteve envolvido com desenhos. “O Brasil é conceituado como o melhor em tatoo porque faz de tudo e muito bem, enquanto lá fora tatuadores geralmente se especializam em apenas um estilo”, define.
Pulga diz que muitas pessoas que começam a fazer tatoo por moda ou influência externa acabam fazendo outras por estilo e identificação pessoal. “Tatoo é um luxo. E hoje o preconceito é muito pequeno, na verdade parece mais preocupação com desconhecido misturada com curiosidade e bem La no fundinho uma vontade de fazer uma tatoo tambem”, diz Alessander.
O tatuador mantém estúdios em Marília e Bauru., disse que na cidade vizinha é maior número de clientes que esperam e pesquisam mais antes de escolher desenho. Aqui são clientes são mais intuitivos, decidem na conversa com os artistas.
O cantor Brizola Reis, 24, do Maranhao, faz carreira solo desde os 13 anos, está de passagem pela cidade e procurou estúdio para tatuar um cifra musical no braço, como símbolo da profissão.
Disse que escolheu o estúdio após contato com o tatuador em um evento, gostou do trabalho e esperou a oportunidade. Levou seu produtor musical, Fernando, 31, que também pensa em tatuar, mas vai esperar, ainda não sabe ao certo que desenho usar. É um alerta de todo tatuador: é preciso cuidado com a escolha. Não é possível desfazer, mesmo o tratamento com laser pode não eliminar todas as marcas. E um problema de cicatrização pode borrar parte do desenho.
Pulga, Alessander e Érica dizem que já rejeitaram clientes que chegam ao estúdio sem muitas informações ou com projetos para grandes tatuagens muito expostas, como no pescoço, rosto ou mãos. Outro ponto: menor de 18 anos não pode tatuar, nem com autorização dos pais. Tatuagem é para sempre, não custa nada esperar até saber o que, como e com quem fazer.