O vereador Marschelo Meche (PSDB), de Americana, denunciou a veículos de comunicação da cidade que foi internado à força em uma clínica para tratamento de transtornos psiquiátricos após seu afastamento do Legislativo para tratamento de saúde, no final de abril.
Meche, que começou o ano envolvido com escândalos sobre contratação de assessores, pediu afastamento por 15 dias para tratar um caso de depressão. Acabou prorrogando este prazo por te 60 dias, mas já anunciou que pretende retomar suas atividades na Câmara.
No contato com jornalistas, ele disse que apresentou uma representação ao Ministério Público do Estado com pedido de investigação sobre a ordem de sua internação, que tratou como “praticamente um sequestro”, quase dez dias antes de seu afastamento.
“Amarraram minhas mãos e me levaram me enforcando. Quase cheguei a desmaiar (…). Tenho um mandato de vereador, sou um homem público e fui praticamente sequestrado na minha casa.”
Meche afirmou que deixou a clínica por livre e espontânea vontade. “Estão falando que fugi. Imagina, é uma clínica aberta e foi uma saída autorizada.” Não informou quem seria acusado pela internação indevida e nem deu detalhes sobre o tratamento a que foi submetido ou onde ficou internado.
Em fevereiro, Meche virou notícia ao ser acusado de registrar como assessora a mãe de um apoiador que não poderia exercer as funções na Câmara por causa de seu trabalho como servidor estadual. Segundo a denúncia, a mãe recebia o salário e transferia ao assessor informal do vereador. A assessora pediu desligamento após o caso.