O segundo mutirão de limpeza do Lago do Aquarius iniciado às 10h começou com força, empolgação e muito suporte, bem diferente do primeiro, o que já fez os organizadores e envolvidos pensar em mais ações pela cidade. O mutirão será feita até às 17h deste sábado (18) e mobiliza voluntários com carriolas, ganchos, pás, luvas e muita vontade.
A divulgação e o sucesso do primeiro mutirão deram resultado. A organização conseguiu suporte de caminhão para coleta e retirado do entulho, cessão de carriolas e ferramentas, além de gente para a divisão do trabalho: distribuir pontos de limpeza, fornecimento de água, contato com mais voluntários e mídia e além de orientação a quem chega.
Todo voluntário assina um termo de responsabilidade. Ninguém espera acidentes, a área é segura mas é retirada de entulhos, às vezes metal, às vezes vidro ou galhos com espinhos.
“Somos pretenciosos. Entendemos que hoje é a limpeza do lago. Quando terminarmos aqui vamos para outro pontos, outros bairros”, disse uma das organizadoras, Lara Doumen Zimer. Na abertura do trabalho hoje ela era uma das poucas envolvidas a morar no bairro.
Lara diz que a repercussão do primeiro mutirão mostra que as pessoas querem colaborar e muitas vezes não sabem como.
O contador Orisvaldo Quiquinato, 61, era um dos voluntários logo no início. Participou do primeiro e mostrou muita vontade no segundo. “A gente já atua em alguns projetos de conscientização até em função da militância em um partido cujos princípios são ecologia, cidadania (Quiquinato é militante do PV) e atendamos ao chamado. Aqui é um espaço público, é do cidadão, então porque não ajudar a manter?
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Quiquinato disse que a importância do trabalho voluntário e cidadão cresce com a deficiência dos serviços públicos mas que é preciso que exista também consciência de que os espaços da cidade são de todos e não basta esperar. “O cidadão precisa ir além de sua casa. Ver a rua e dizer essa rua é minha, essa praça e esse bairro são meus” e participar, cuidar.”
Fotos: Rogério Martinez
Vulntariado em família: Antonio, Ivanice e Marcela Piraccini
“Vim ajudar. Quero voltar um dia, ver limpo e saber que eu fiz parte disso. Quero poder usar aqui e outros espaços limpos, cuidados e gosto de participar. Amo a natureza e acho muito bom que possa fazer alguma coisa para ajudar a cidade”, disse Ivani Piraccini, dona-de-casa. Ela foi acompanhada pelo marido, Antonio, e a filha Valéria.
“Isso é dever de cidadão, de cidadania. O trabalho voluntário é importante na vida de toda pessoa. Falta de um pouco de zelo”, disse Antonio, serralheiro. “É um satisfação grande participar. Não se pode só esperar governantes, podemos fazer nossa parte. Vim com a família e vejo outros bairros com problemas, acho triste você sair para caminhada exercício e passar por ruas cheias de lixo, entulho, sujeira, abandono”, disse Marcela, 29.
A tatuadora Aline Marrone, 25, também arregaçou as mangas e foi empurrar carriolas e recolher entulho. “Vinha muito ao lago quando era criança e era um espaço de famílias, de piqueniques, muitos moradores ajudavam a cuidar, gostaria de ver a região assim de novo.”
