Não faz falta

A fraca venda de ingressos para o jogo do Corinthians contra o Vitória (BA), nesta quarta feira (22), reflete, exatamente, a desconfiança que a Fiel torcida corintiana já vem, de muito, sentindo.

Especialmente nesta partida, Mano Menezes completa 240 jogos à frente do time  e passa a ser, ao lado do gaúcho Amílcar Barbuy, o quarto  técnico que mais treinou a equipe, cuja torcida soma mais de 30 milhões de fanáticos.

Mano não tem motivos para comemorar e nem pode esperar festa por parte dos torcedores.

Retranqueiro de carteirinha, para o técnico um jogo deveria ter apenas 45 minutos e terminar assim que o Corinthians fizesse um gol.

É isso que temos visto. Correria total os primeiro minutos até o gol. Depois disso, basta olhar para o banco de reservas e perceber, sem muita experiência em leitura labial, que Mano passa o jogo inteiro a gesticular e pedir para que os jogadores “segurem” o jogo e a bola.

A partir daí, a impressão que dá é que o time inteiro se desanima e perde a disposição para continuar jogando.

Corintiano é sofredor e com orgulho. Se perder, tem que perder demonstrando raça, disposição e dedicação ao Timão.

Empate, hoje,  para o Corinthians é pior do que perder.

Mano não entende isso e pelo jeito jamais irá entender.

Mano joga pra galera e contra a galera.

Quando percebe que a Fiel começa a ficar inquieta, pedir mais ataque, menos retranca, menos empate e mais determinação, Mano coloca o time no ataque por um ou dois jogos e logo volta ao seu estilo retranqueiro.

O Corinthians tem excelentes jogadores e pode se orgulhar de ter também no banco de reservas um time apto para substituir o titular sem nenhuma dificuldade.

Mano não entende isso.

Para o técnico o Corinthians só existe do meio de pra trás.

A temporada 2014 tinha tudo para ser uma das melhores, senão a melhor, da história corintiana. Prova disso é que, até o momento do Brasileirão, o Timão é o time mais leal do campeonato, cometeu apenas 408 faltas, 29 a menos que o segundo colocado.

A única conclusão que podemos chegar é que, assim como o Corinthians não faz falta no campeonato, o Mano muito menos!

Sou Norton Emerson, jornalista, radialista, tenho 25 e sou corintiano.

Na verdade, tenho bem mais de 25 mas ainda estou dentro da margem de erro do Ibope.