Hoje em dia é comum ver mocinhas e mocinhos andando por aí com seus sofisticados aparelhos celulares, manipulando – os como se fosse parte imprescindível do próprio corpo, de forma em que pensamos na palavra alienação virtual.
Dias desses estava no interior de um coletivo suburbano e presenciei uma cena incrível.
Uma mocinha com seus dedos ágeis enviava ao namorado: ” Eu te amo! Preciso te ver com urgência! Estou louca para te beijar!”
E para meu espanto, ao caminhar três bancos à frente lá estava o namorado também com suas digitais velozes no seu aparelho respondendo: “Eu também te amo! Onde está? Preciso te ver agora!”
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Ou seja …..o casal de namorados estavam numa distância de três metros e não conseguia usar os olhos para ver quem estava no ônibus …observar os movimentos , as pessoas e ainda assim perdidos no falso oásis de cada aparelho….Incrível!
Também cheguei a presenciar num restaurante uma turminha de jovens ….ninguém se falava ….cada um com seu gênio da lâmpada virtual e nada de diálogo corpo a corpo, olhos nos olhos, palavras lançadas em timbres de vozes que fazem a diferença…
Estamos entrando numa nova era onde um filho será feito por uma mensagem enviada? Inacreditável!
Cid Cândido de Oliveira , 47, nascido em Marilia aos 18 de maio de 1967 , é escritor , ator e trabalha como Escrivão de Polícia há 25 anos.
