Marília

Câmara aprova projeto que dá multa por alimentar pombos

Câmara aprova projeto que dá multa por alimentar pombos

Dar milho – pão, bolacha ou pipoca – aos pombos pode ser uma atividade com os dias contados. Um projeto para isso foi aprovado na noite desta segunda-feira (10) pela Câmara de Marília e agora aguarda sanção e regulamentação da prefeitura para entrar em vigor. Aquela velha cena de avôs e avós com netos jogando pipocas aos pombos no parque vai render multa de R$ 100.

A iniciativa é do vereador Wilson Alves Damasceno (PSDB), que justifica: pombos são uma praga urbana. Além de destruição, sujeira e mau cheiro, são responsáveis pela transmissão de diferentes doenças e problemas de saúde.

O projeto estabelece inicialmente advertência aos infratores, seguida por multa de R$ 100 na reincidência e multa dobrada cada vez que alimentar pombos. É aí que entra a participação da prefeitura  no projeto: cabe à administração regulamentar como será feita aplicação, cobrança da multa e promover a fiscalização pelo controle de posturas na cidade.

Em março deste ano a infestação de pombos provocou quexias em uma escola no Jardim Figueirinha, zona norte da cidade. O prédio novo, com diferentes opções de acessos e abrigos, ficou cheio de pombos que sujam as escolas, as crianças e carregam riscos de doenças.

Ao contrário do que acontece com outras pragas, como ratos ou baratas é proibido matar pombos, preservados como animais silvestres. Sem predadores naturais, eles usufruem a liberdade de reprodução e povoam praças e ruas da cidade.

Doenças nos pulmões, baço ou fígado, além de problemas como salmonelose são problemas mais comuns criados pelas fezes, penas ou fungos criados nos abrigos e sujeira deixada por pombos. Segundo o projeto, o risco afeta inclusive casas ou apartamentos vizinhos, próximos aos animais.

O projeto não busca forma de extinção ou eliminação das pombas, mas uma metodologia que permita controle de proliferação ou afaste os animais dos centros urbanos. ”Alimentados, procriam até seis vezes por ano, número que cai para duas vezes quando não há fartura de alimentos”, explica o vereador. Ainda segundo Damasceno, não sendo alimentadas pelo homem, as aves naturalmente  procurarão alimentos em outros ambientes mais apropriados.