Marília

Terapeutas do Sorriso vão a congresso e preparam ampliação do grupo

Terapeutas do Sorriso vão a congresso e preparam ampliação do grupo

O grupo mariliense Terapeutas do Sorriso participa de hoje até o dia 23 do 3º Congresso Nacional de Palhaços de Hospital, promovido pelos renomados Doutores da Alegria em São Paulo. O congresso vai apresentar informações, técnicas e atualizações que devem servir para um workshop para integrantes do grupo e serão base para lançamento de uma nova turma de palhaços.

Os Terapeutas atuam há 12 anos na cidade. Fazem duas visitas semanais a crianças em diferentes alas de atendimento da Santa Casa de Marília, com média de 300 crianças visitadas por mês. Estará representado no evento pelo seu diretor-presidente, Raphael Ferrite, e pela diretora artística Paula Bittencourt.

Viajam a convite da organização. Os Doutores da Alegria são os mentores do grupo de Marília e o evento é uma iniciativa para integração e a troca de informações entre voluntários e profissionais que trabalham como palhaços de hospital em todo o Brasil. O congresso deverá contar também com representantes de outros países.

“Esperamos enriquecer ainda mais nossas técnicas no que se refere à linguagem do palhaço especializado na humanização hospitalar”, declara Raphael. Essa humanização leva o trabalho também para os funcionários e responsáveis pelo atendimento no hospital.

QUALIDADE DE VIDA

Segundo a jornalista Lilian Waib, que integra o grupo como a Dra Filó, o trabalho 100% voluntário é uma forma de oferecer suporte psicológico e emocional para as crianças, que além do mal estar provocado pelas enfermidades enfrentam medo do hospital, injeções, soro, tratamentos, intervenções médicas, limitação de espaços e movimentos.

“É um trabalho para oferecer qualidade de vida. E é um momento para esquecer um pouco de você mesmo, tirar o olho do próprio umbigo”, explica. O grupo enfrenta situações marcantes. As visitas semanais provocam identificação e intimidade com algumas crianças submetidas a tratamentos mais longos ou em casos mais graves. A união e o trabalho cotidiano do grupo envolve estar preparado para os casos mais tristes e situações como falecimento. As técnicas de trabalho também. 

“A gente se prepara, se veste dentro do hospital, no vestário. Não anda na rua vestido. Então veste um personagem para o projeto. Quem faz a visita não é a Lilian, é a Dra Filó. E quando acaba não é a Dra Filó que vai para a rua, é a Lilian. Claro que algumas situções são mais difíceis, mas a preparação envolve trabalhar isso também.”

E mais. Ao mesmo tempo em que atravessa momentos difíceis, o grupo acompanha casos emocionantes de recuperação. “É muito maior que qualquer outra coisa, saber que você participou na cura, que você fez diferença no tratamento daquela criança.”

O trabalho envolve custos, como brinquedos, balões, jalecos, fantasias, locomoção e é todo financiado pelo grupo e por patrocinadores que apoiam a atividade. COm o workshop e a formação de nova turma de terapeutas, o grupo espera expandir atendimento em 2015 e passar a atender novas unidades de saúde na região.

Serviço 
Associação Terapeutas do Sorriso 
(14) 99604-5605