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De volta a nostra casa

De volta a nostra casa

As últimas duas semanas foram de tensão e ansiedade pelos lados do Palestra Itália.

Vínhamos de três derrotas seguidas, sendo elas em dois clássicos (Santos e São Paulo) e contra o time reserva do Atlético MG, e não poderíamos nem pensar em perder para o Sport Recife.

Mas ante tudo isso, tínhamos a reinauguração daquele que já era o melhor e mais charmoso estádio da capital Paulista, aquele que deixaria de ser chamado oficialmente de Palestra Itália ou Parque Antártica, e passaria a se chamar ALLIANZ PARQUE.

O fato é que o estádio ficou tão belo, que nem a derrota e a situação difícil que o time se encontra no campeonato ofuscaram ou ofuscam o brilho da festa feita pela torcida palmeirense. Por óbvio, de nada vale a existência de uma arena tão moderna se não tivermos um time a altura, mas tenha certeza torcedor palmeirense logo as coisas voltaram ao seu devido lugar.

Da festa apresentada pelo maior e melhor jornalista esportivo da atualidade, Mauro Beting, participaram vários ídolos, alguns ao vivo, como Evair, e outros por meio de vídeos apresentados no maior e mais espetacular telão já visto em um estádio em nosso pais, São Marcos, Leivinha, Jorginho, Ademir da Guia, entre outros, abrilhantaram a festa.

O Hino, ah nosso Hino, esse foi lindamente tocado e cantando por nada mais, nada menos, do que Branco Melo, do TITÃS, Di Ferrero, do NX ZERO, e Marcos Kleine do ULTRAJE A RIGOR.

Quanto à derrota na inauguração, isso é coisa de corintiano, e contra fatos não há argumentos, na inauguração de nosso estádio, o que se deu em 16 de maio de 1920, aplicamos uma sonora goleada no time do Mackenzie por 7 x 0, gols de Caetano (3), Heitor (2),  Fabbi e Imparato, e diferentemente do time da Fazendinha ganhamos.

No antigo Palestra tive a honra de estar, por várias vezes, e lá vi jogar craques como Edmundo, Evair, Marcos, Edilson, Roberto Carlos, Alex, Antonio Carlos, enfim, posso dizer que me sinto privilegiado de dizer que conheci o antes e o depois da nossa casa, casa está, que nos deu muitas alegrias, ganhamos vários títulos por lá, e também tivemos dias difíceis, mas todos superados, como não será diferente na nossa nova casa, que hoje se encontra totalmente remodelada, estruturada, e sem duvidas nenhum a mais linda e mais espetacular já vista em toda a América Latina.

Hoje agradeço meu pai e meu avô, por me fazerem PALMEIRENSE. Para explicar esse amor incondicional transcrevo a frase de JOELMIR BETING: “Explicar a emoção de ser palmeirense, a um palmeirense, é totalmente desnecessário. E a quem não é palmeirense… É simplesmente impossível”.

Para os outros, bem, contentem-se com o que tem, pois Arena como a Allianz Parque, construída sem nenhum centavo do dinheiro público dificilmente vocês terão.


Valter Lanza Neto, advogado, casado, pai de dois palmeirenses, fanático pelo verdão e fervoroso discípulo de Sâo Marcos, amém