Marília

“Frente Única” marca novo encontro para unir oposição

“Frente Única” marca novo encontro para unir oposição

Representantes de 11 partidos e entidades marcaram para o dia 16 (terça-feira) segundo encontro de plenária para discutir ideia de uma candidatura única de oposição para as eleições de 2016 em Marília. A Frente Única, como o grupo batizou a proposta, já rendeu três horas de reunião no primeiro encontro.

A ideia não é nova e raramente avançou de forma organizada na cidade: lançar apenas um candidato, uma chapa forte de candidatos a vereador, para polarizar, vencer e criar bancada forte na câmara de oposição.

A proposta deu certo em 1992, quando o promotor aposentado José Salomão Aukar, e o advogado e radialista Jô Fabiano venceram o ex-prefeito Abelardo Camarinha com um grupo unido de opositores.

A nova tentativa de Frente Única já atraiu dois ex-candidatos a prefeito – Antônio Augusto Ambrósio, o Tato, e Luís Eduardo Dias – além de ex-candidatos a vereador e a deputado.

Entre eles está o médico, ex-deputado federal, ex-vereador e ex-secretário municipal Sérgio Nechar, que foi o candidato a deputado federal com mais votos na cidade mas não foi eleito. Nechar entrou na campanha como integrante do grupo político de situação, ligado ao prefeito Vinícius Camarinha e seu pai, o deputado federal e agora deputado estadual eleito Abelardo Camarinha mas saiu da disputa eleitoral na oposição.

Também participaram do encontro os candidatos não eleitor Eduardo Nascimento, Orisvaldo Quiquinato e Marcelo Alves, além de presidentes de partidos político e entidades. 

Além do desafio em atrair novos partidos e grupos – especialmente PT e PSDB, do empresário Daniel Alonso-, o grande dilema da Frente Única será em 2016 o mesmo de sempre: escolher quem será o candidato, manter o bloco unido para apoia-lo, e quem será candidato a vice-prefeito e a vereador.

Além disso, a oposição trabalha com a dificuldade em ocupar espaços, não tem nenhum deputado com mandato, não tem suporte de governo estadual ou federal e não tem força na câmara: há apenas três vereadores de oposição ao prefeito – Cícero do Ceasa (PT), Wilson Damasceno (PSDB) e Mário Coraíni Júnior (PTB).

Contra estas dificuldades, e contra o relógio, o grupo segue para o segundo encontro com a expectativa de fazer muitos mais até 2016.