A Prefeitura de Marília anunciou ontem que vai adotar medidas judiciais para que agentes de saúde possam ter acesso a imóveis abandonados ou fechados por longos períodos para procurar e identificar criadouros do mosquito Aedes aegypit, transmissor da dengue, febre amarela e chilkungunya.
Com 2003 casos de dengue no ano passado e 59 confirmados neste ano, a cidade vive uma situação de epidemia da doença e regiões com maior risco. As medidas judiciais integram um pacote de ações de uma campanha que deve ser lançada nesta quarta0-feira para ampliar divulgação e chamar participação dos moradores no controle da doença.
A campanha “Marília contra a Dengue – Só com a sua participação poderemos vencer” será apresentada às 11h em entrevista coletiva com o prefeito Vinícius Camarinha e o secretário municipal da Saúde, Luiz Takano, no auditório do gabinete.
Segundo levantamento da Secretaria Municipal da Saúde, 90% dos focos estão localizados no interior das residências, como em recipientes com água parada, vasos sanitários e até ralos. “Estamos preocupados com a dengue. Por isso, vamos adotar estas medidas. Mas, como 90% dos criadouros estão nas casas, é fundamental a conscientização da população sobre o combate à doença”, afirma o prefeito Vinicius Camarinha.
“No ano passado, os nossos agentes de saúde realizaram cerca de 240 mil visitas em todas as regiões da cidade. Isso significa que os proprietários dos imóveis tiveram, em média, três visitas dos nossos profissionais durante o ano, com orientações sobre o controle correto da doença”, destaca Luiz Takano, secretário municipal da Saúde.
Nesta semana, a Prefeitura já iniciou uma força-tarefa de limpeza de ruas, avenidas e de terrenos baldios, com a operação Mãos à Obra e por meio do mutirão contra a dengue – que conta com a participação de 300 agentes de saúde.
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Conheça outras medidas da campanha contra a dengue:
– Parceria com a Secretaria Municipal da Educação para a mobilização dos alunos da rede municipal no combate à doença;
– Apoio de entidades religiosas e da sociedade civil, com a promoção de atividades de controle;
– Adoção de medidas judiciais que permitam a entrada dos agentes de saúde em imóveis abandonados ou fechados;
– Distribuição de um panfleto (check list) de como o morador pode fazer a limpeza e verificar os locais com a presença de criadouros nas residências.
