O Fórum de Marília tem mais uma ação civil pública contra o município de Marília. Agora, o Ministério Público estadual tenta conseguir por ordem judicial que a Prefeitura crie um abrigo para animais de rua e implante um serviço de captura e encaminhamento de animais.
A ação é provocada basicamente por informações do Corpo de Bombeiros e do DER (Departamento de Estradas de Rodagem) sobre riscos de acidentes provocados por animais de grande porte – como vacas e cavalos – soltos nas rodovias em torno da cidade e mesmo na área urbana.
Mas a medida pede também solução para o problema de animais domésticos – cães e gatos – esparramados na rua com riscos para saúde dos moradores também. Leishmaniose e raiva são algumas das doenças, sem falar em sujeira, eventuais ataques e proteção para os próprios animais, quase sempre vítimas de maus tratos e violência.
O promotor José Alfredo de Araújo Sant´Anna informou na ação que buscou informações com o departamento de Zoonoses, responsável pelo controle de doenças de origem animal e descobriu a completa falta de estrutura. “Animais soltos em área urbana, além de provocar acidentes, podem causar doenças a outros animais e ao ser humano e não existe um serviço especializado com pessoal e veículo para a execução de captura e transporte.” Não há pedidos de prazo para a implantação do serviço ou julgamento da ação.
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ABRIGOS
A omissão da prefeitura no atendimento aos animais acabou provocando reação de diferentes entidades de defesa de animais. A cidade tem pelo menos dois abrigos montados por instituições mantidas por doadores, sempre com muita dificuldade e falta de recursos ou estrutura para o acolhimento.
A retira dos animais das ruas vem sendo feita na medida do possível por voluntários. Para as ONGs, a solução está em desenvolver um grande programa de castração dos animais de rua, além de suporte ao atendimento já existente, ou seja, recursos como ração, veículo, equipe de captura, financiamento dos abrigos e remédios.
