Marília

Apam investiga morte de cachorra vacinada

Apam investiga morte de cachorra vacinada

A Apam (Associação Protetora dos Animais de Marília) iniciou nesta sexta-feira processo de apuração da morte da cadela Kiara, de cinco anos, que morreu atingida por surto de Cinomose mesmo estando vacinada.

A entidade, que é reconhecida como instituição de interesse público, procurou o departamento jurídico do laboratório Inova, produtor da vacina usada, e estuda medidas para investigar eventual falha do medicamento ou das condições de armazenamento na cidade.

Caso não receba resposta, a ONG já estuda medidas judiciais para ter acesso a dados sobre lote, conservação, forma de distribuição e outras informações que possam influenciar a qualidade e eficácia da vacina.

Outra medida é orientar donos de animais a procurar informações no momento de vacinação. Segundo a entidade, muitas das clínicas veterinárias da cidade já contam com geladeiras especiais para armazenar as vacinas.

A doença vem provocando mortes de animais em todos os bairros. A entidade tem em guarda um filhote com a doença. O que chamou a atenção no caso de Kiara foi o fato de a cachorra estar sob cuidados, em casa, e com vacinas em dia e doses aplicadas em agosto, setembro e outubro do ano passado.

A Cinomose provoca perda de mobilidade, com falência das patas traseiras, problemas nos olhos e respiração dos animais. Depois de contrair a doença, Kiara morreu em uma semana.

Segundo a Apam, o Ministério Público está ciente e tem acompanhado a atividade das ONGs e as informações sobre problemas públicos, como o abandono de animais, riscos de mortes pelas doenças e os riscos de os animais de rua estimularem epidemias que atinjam animais cuidados e abrigados.