Uma cachorra vacinada morreu de Cinomose. A proprietária, inconsolável e indignada, questiona a qualidade da vacina. O laboratório produtor parece ser grande. É fruto da união de duas grandes marcas, a Eurofarma, responsável por medicamentos para diferentes doenças humanas, e o Hertape, de vasta experiência em vacinas para animais.
Seria então a clínica?
Bem, pode ser, mas calma lá. A conversa sobre laboratório não acabou. O Hertape, o laboratório especializado, é uma empresa com várias queixas ao Reclame Aqui, um site criado para reunir consumidores insatisfeitos. Muitas queixas sobre remédios que não fazem nada e boom: pelo menos mais três de vacinas que foram aplicadas e os cachorros morreram.
Para todos os casos há alternativas: podem ser as clínicas armazenando mal, pode ser a natureza vencendo a vacina ou pode ser o laboratório. E o que se faz? Apura. E o que diz o laboratório? Pois é, problema a parte. Segundo o site, o Hertape, um dos responsáveis pelo Inova, não resolve mais de 60% das reclamações apresentadas.
O Inova até agora não respondeu também questionamentos de Marília. Quem sabe ele inova mesmo e atende de forma diferente.
E as crianças
Entidades e voluntários que defendem animais devem ter cansado de ouvir. Eu ouvi três vezes nos últimos dois dias: “ah, os animais. Por que não vão cuidar de crianças nas ruas?”
Bem, primeiro porque cada um cuida do que quer e animais vão se tornando cada vez mais personagens na vida de diferentes padrões de família, o que dá a elas todo o direito de querer cuidar, tratar e defender cães, gatos, cavalos etc.
Além disso, a lei entende estes cuidados e regulamenta punições para maus tratos, fala de cuidados e obrigações, inclusive sobre fiscalização de medicamentos. A lei, seguindo a coletividade, protege contra o abandono.
E mais: animal maltratado é um risco a ele a ao cidadão também: doenças, ataques, sujeira. As crianças? É bom que elas cresçam mais envolvidas com estes cuidados. E que cresçam protegidas, claro,
É muito mais importante proteger as crianças maltratadas. E tanto para cuidar das crianças quanto dos cachorros as relações sociais precisam evoluir. Atuar como voluntário ou através das ONGs de proteção de animal é um caminho a mais para praticar cidadania. Não dá atestado de bondade, só de participação. Não gostou? Participe de outra forma, como ajudar crianças, há uma infinidade de opções para isso na cidade.
O Giro vem falando das crianças – dê uma busca em conselho tutelar, entidades e outras matérias – e segue falando de cuidados com os animais. A gente gosta de crianças, não gosta do poder público que falha no atendimento. Mas nós também gostamos de cachorro e gato e de quem cuida bem deles. Temos espaço para matérias e informações sobre todos. Dá um giro, vamos juntos.