Música, artes plásticas, moda, cinema e literatura foram o fundo e decoração para uma noite de casa cheia no Espaço Milani e lançamento do livro Quase Sempre, do poeta José Neder Nicolau Mussi, que promoveu noite de autógrafos. Uma noite que encheu o Espaço Milani e deixou duas mensagens: cultura pode ser um grande negócio em Marília.
Neder atendeu o público até o início da madrugada esbanjando atenção, carinho, abraços e mensagens inspiradas. Houve fila para o autógrafo do autor, que em cada leitor encontrou amigos, companheiros de trabalho, de esportes, saraus e de vida em Marília. Vida que aparece em todas as 81 páginas do livro.
Políticos, jornalistas, advogados, professores, artistas, empresários desfilaram pelo espaço para um cumprimento ou para integrar as muitas rodas de conversa.
Em torno de tudo isso, no meio do salão, uma mesa estilo bistrô e um banco de madeira foram o palco para Zé Neder falar do livro, dos outros dois livros que já publicou – “Sonho Real” e “Frente e Verso”, além de participar em uma coletânea- e agradecer pelos cumprimentos e elogios.
Mariliense, bancário, o poeta esteve o tempo todo com a família, a esposa Jacqueline, as filhas Júlia e Mariana e Pedro, um dos netos.
Atravessou a noite com amigos, livros, a caneta, conversas e abraços, nada mais justo para o lançamento de um conjunto de poesias sobre o cotidiano e emoções do autor.
Aliás, falar em conjunto de poesias é um erro. Descontadas apresentações e introduções, são 73 páginas de versos, a cada página uma poesia, mas o livro é lido como se estivessem todas juntas, levassem a acompanhar ideias e emoções do poeta e ao encerramento do raciocínio. Uma viagem pelos pensamentos e pelo dia-a-dia de Neder.
“O grande lance – a “sacada – é tornar gigantes pequenas alegrias. Delas é feita a vida”
ESPAÇO
O empresário Mário Milani, proprietário do espaço e a cada dia mais um empresário com vocação para mecenato na cidade, disse em que 2014 abrigou 33 eventos. Espera bater o recorde neste ano.
Ele estruturou o local para isso: reunir gente. Há quatro anos, quando abriu, começou a desenvolver saraus e mostras. O movimento cresceu e a ocupação começou a exigir maior organização. Milani reformulou o prédio. São três andares que espalham opções culturais.
No térreo, palco da noite de autógrafos, ficam instrumentos musicais, moda, lembranças e livros. No segundo andar, um auditório para 60 pessoas e uma ala de livros especiais. No subsolo, uma galeria de artes, sebo, palco para saras e uma adega climatizada.
O próximo passo é um curso, que busca unir cultura e formação em negócios. O programa terá orientação sobre gestão com o consultor Marden Casagrande, formação de Coach com Rodolfo Bertolini e o próprio Mario falando sobre experiência de varejo. “O espaço é fruto de quatro anos de pesquisas e experiências. Mas sempre com o olhar empresarial”, explica Milani.