A evolução dos casos de dengue e a formação de epidemia na cidade enche as salas de espera em postos de saúde e hospitais. Na rede pública, casos com sintomas parecidos são tratados e registrados como dengue, ainda que não haja confirmação, para acelerar medidas de cuidado e controle da evolução da epidemia. A confirmação depende de exames que só são realizados no instituto Adolfo Lutz, em São Paulo.
Apesar do grande volume de informações na internet, em sites como o do Ministério da Saúde, do médico Drauzio Varella ou dengue.org e outros, é importante procurar acompanhamento médico e avaliação da evolução da doença e de possíveis outros diagnósticos. Confira as principais informações sobre a doença:
– O que é?
Doença infecciosa causada por um arbovírus (existem quatro tipos diferentes de vírus do dengue: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4).
As epidemias geralmente ocorrem no verão, durante ou imediatamente após períodos chuvosos.
– Como é a contaminação
A infecção pelo vírus, transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti, uma espécie hematófaga originária da África que chegou ao continente americano na época da colonização.
Não há transmissão pelo contato de um doente ou suas secreções com uma pessoa sadia, nem fontes de água ou alimento.
– Quando se manifesta?
O tempo médio do ciclo é de 5 a 6 dias, e o intervalo entre a picada e a manifestação da doença chama-se período de incubação. É só depois desse período que os sintomas aparecem. Geralmente os sintomas se manifestam a partir do 3° dia depois da picada do mosquitos.
– Os sintomas
– Febre alta com início súbito.
– Forte dor de cabeça.
– Dor atrás dos olhos, que piora com o movimento dos mesmos.
– Perda do paladar e apetite.
– Manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores.
– Náuseas e vômitos·
– Tonturas.
– Extremo cansaço.
– Moleza e dor no corpo.
– Muitas dores nos ossos e articulações.
– Como tratar?
Não existe tratamento específico para dengue, apenas tratamentos que aliviam os sintomas.
– Ingerir muito líquido como água, sucos, chás, soros caseiros etc.
– Febre e dor podem ser tratados com dipirona ou paracetamol.
a) Dipirona: É o analgésico/antipirético de escolha. Nas crianças usar 1 gota/kg de peso de 6/6 horas. Nos adultos, 20 a 40 gotas ou 1 comprimido de 500 mg de 6/6 horas.
b) Paracetamol: Em crianças 1 gota/kg de peso de 6/6 horas. Em adultos 1 comprimido de 500 ou 750 mg de 6/6 horas.
Respeitar as doses máximas porque o Paracetamol em doses mais altas tem toxicidade hepática.
– ATENÇÃO – Não devem ser usados medicamentos à base de ácido acetil salicílico e antiinflamatórios, como aspirina e AAS, pois podem aumentar o risco de hemorragias.
O que é Dengue Hemorrágico?
Dengue hemorrágico é uma forma grave. No início os sintomas são iguais ao dengue clássico, mas alguns pacientes começam a apresentar sangramento e choque e sinais como:
– Dores abdominais fortes e contínuas.
– Vômitos persistentes.
– Pele pálida, fria e úmida.
– Sangramento pelo nariz, boca e gengivas.
– Sede excessiva e boca seca.
– Pulso rápido e fraco.
– Dificuldade respiratória.
– Perda de consciência.
A possibilidade da reincidência da doença é preocupante. Caso ocorra um segundo episódio da dengue, os sintomas se manifestam com mais severidade.
– Como prevenir?
A melhor prevenção é eliminar mosquito transmisor. O Aedes aegypit reproduz em água limpa e parada – água de chuva ou uso doméstico acumulada em pneus, latas, plástico, lonas, vasos, vasos sanitários e ralos sem uso, garrafas expostas à chuva -. O mosquito tem ciclo de reprodução rápido.
Além de eliminar criadouros, podem ser adotadas medidas de prevenção às picadas, como uso de repelentes.