Os Correios fizeram de novo. A agência de Bauru tem mais uma queixa de encomenda emperrada na distribuição, uma encomenda enviada de Ribeirão Pires, na Grande São Paulo, dia 30 e que ainda não chegou a Marília. Está há 24h em Bauru com sinalizador de “encaminhado para CDD Cascata”, ou seja, leva mais de 24h para viajar de Bauru a Marília.
É mais um capítulo em uma história de problemas. O Correio acumula queixas de atrasos e até desvios de encomendas e é uma ponta de um iceberg: um site especializado em reclamações indica mais de 50 mil reclamações com um recorde de que todas ficaram sem respostas. A empresa pública, uma das campeãs em gastos com publicidade, não está nem aí para estas queixas. E dificulta o acesso de quem quer reclamar.
O formulário para apresentar novas reclamações é longo, exige detalhes de remetente que nas compras pela Internet nem sempre são fáceis de acessar e conseguir e as respostas são capengas, como já documentou um servidor do Ministério Público, que foi orientado repetidas vezes a aguardar até descobrir que sua encomenda viajou de Bauru a outras cidades e até saiu do Estado até retornar a Marília.
As queixas contra a agência de Bauru saem de diferentes pontos, inclusive do Paraná. Sempre o mesmo problema, o Sedex, que deveria agilizar a entrega, vira baderna na distribuição. Só o sedex é sedex, diz a propaganda. Só ele consegue essas queixas. São tantas que já virou rede de piadas e sátiras, fácil de encontrar na internet.
O caso do servidor deve resultar em uma ação de indenização contra a empresa. E passa a ser mais um problema. Caso o servidor ganhe sua indenizaçlão, quem paga não são os funcionários envolvidos ou os dirigentes responsáveis pela (des?)organização do serviço. Quem paga é a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, uma estatal financiada com recursos públicos.