Marília

Zona norte tem rastro de entulho em avenidas

Zona norte tem rastro de entulho em avenidas

Um rastro de entulho em avenidas e ruas próximas desafia a política de coleta do município e o controle da epidemia de dengue na cidade. Menos de 24 horas depois de o secretário de Serviços Urbanos, Avelino Modelli, anunciar que a campanha Cidade Limpa não vai voltar a roteiros já visitados, o Giro Marília flagrou despejo em diferentes pontos da zona norte.

Promovida em parceria com a TV Tem, retransmissora da TV Globo para o Oeste Paulista, a campanha deve acabar nesta semana. Hoje faz rescaldo na zona oeste e amanhã deve ir à zona leste.  

O entulho não está escondido. Pode ser encontrado em avenidas como a Pedro de Toledo e Washington Luiz ou em travessas próximas a esquinas destas ruas. Também podem ser encontrados em vias de grande circulação no Santa Antonieta.

O rescaldo anunciado pela administração realmente passou pelos bairros. Ruas com depósitos do Santa Antonieta e Figueirinha amanheceram limpas como não estavam. Ainda assim a limpeza não foi concluída.

Além do entulho jogado pelos moradores, a limpeza tem grandes desafios em depósitos de ferro velho e de metais. Há pelo menos dois deles, com material a céu aberto, na zona norte.

A coleta de entulho, restos de móveis, latas, material de construção, não é feita pelo serviço público. Moradores não tem opção para despejo de sofás, cadeiras, móveis em geral quebrados. Muitas vezes os móveis acabam aparecendo em caçambas, na maioria das  vezes usadas por vizinhos de quem contratou o serviço.

A cidade vive a maior epidemia de dengue da história, com  milhares de casos oficiais e um incontável número de casos não notificados. Eliminar criadouros do mosquito transmissor, o Aedes aegypti, é o desafio para vencer a doença e o entulho em residências é um dos obstáculos.

Todos os moradores da cidade estão notificados por decreto para limpar suas casas, sob risco de multas. Como não há serviço regular de retirada, o risco é de despejo irregular e clandestino em terrenos e ruas. Com ou sem a campanha da TV, a coleta terá de voltar a bairros já visitados.