Marília

Morador acusa omissão em epidemia e pede Comissão Processante; prefeitura vê politicagem

Mortes por epidemia embasam pedido de Comissão Processante
Mortes por epidemia embasam pedido de Comissão Processante

O servidor público estadual Antonio Vieira, protocolou às 10h43 desta quinta-feira pedido de instalação de uma Comissão Processante para julgar acusação de omissão do prefeito Vinícius Camarinha no controle da dengue na cidade. 

O pedido entra em pauta de votação na próxima segunda-feira, durante sessão ordinária da Câmara. Precisa de nove votos entre os 13 de vereadores para conseguir prosseguimento.

Isso significa que o pedido precisa conseguir até segunda-feira seis votos de vereadores da situação. O bloco de sustentação ao prefeito tem dez vereadores e a oposição três votos.

Segundo o pedido, o prefeito foi alertado pelas autoridades da área da Saúde sobre o risco da epidemia. Antonio Vieira, que é membro da Marcha da Cidadania e do grupo Fé e Política, acusa o prefeito de omissão nas providências.

OUTRO LADO

O prefeito Vinícius Camarinha disse nesta quarta-feira à tarde que o pedido é um ato de “politicagem inoportuna e baixo nível” em momento de sofrimento e dor na cidade. “Lamento essa portura em um momento em que estamos trabalhando contra a epidemia, um momento de dificuldades.”

Vinícius disse que o pedido é um ato para conturbar o momento e afirmou que a oposição não ajudou a cidade em momento algum no combate à doença ou qualquer obra. “Oposição não trouxe um centavo para um, poço, um centavo para obra. Não trouxe uma sugestão, um recurso, uma proposta de auxílio. È só acompanhar notíciário e você vai ver medidas contra a dengue em todos os meses. Desafio achar uma cidade que esteja fazendo mais que Marília. Pode fazer igual, mais nenhuma faz.”

Segundo a prefeitura, todas as medidas previstas para controle da epidemia foram tomadas e a cidade chegou ao final de ano com um índice aceitável, abaixo dos limites de risco, de mosquitos adultos transmissores da doença.

TRAMITAÇÃO

Ainda que o pedido consiga os nove votos, a apuração vai depender de uma comissão a ser formada por sorteio, com participação de três vereadores. 

A comissão teria então cinco dias para emitir parecer sobre a possibilidade de o pedido seguir em tramitação. O parecer deverá ser votado em sessão extraordinária. 

Só então, com a aprovação de parecer em defesa da investigação começaria o processo, com 180 dias para conclusão.