O comerciante aposentado Vicente Rodrigues Chaves, 91 anos, foi sepultado nesta segunda-feira em Penápolis, poucas horas depois de falecer em Marília, onde morava, vítima de insuficiência cardíaca congestiva resultante de dengue.
Vicente Chaves estava internado na Santa Casa desde o dia 23, quando foi identificada uma infecção urinária.O aposentado chegou a ser levado para a UTI, mas retornou ao quarto. No dia 26 fez o exame de sorologia pelo Instituto Adolfo Lutz que confirmou a dengue.
“Meu pai tinha 91 anos e boa saúde, claro considerando as questões da própria idade, usava bengala, memória um pouco lenta mas totalmente independente”, conta a filha, Edna Maria Chaves.
Vicente usava medicamentos anticoagulantes há dez anos para controle de problemas cardíacos, mas não era hipertenso.
Ele recebeu visita de uma equipe da Vigilância Epidemiológica durante a internação. Os agentes recolheram informações sobre seu estado e endereço para bloqueio e acompanhamento de casos.
“Devido aos vários dias hospitalizado foi debilitando, comprometendo o bom funcionamento do coração e pulmão”, conta a filha.
Edna conta que agentes comunitárias fizeram duas visitas à casa do aposentado e não encontraram nenhum foco do mosquito transmissor.
“Ele fazia uso de repelente específico, gotinhas homeopáticas e inseticida aerosol de citronela. fez sua parte com certeza. Edna Chaves, que é assistente social, defendeu ampla divulgação de todas as informações sobre a doença, inclusive óbitos e dificuldades.
“Sou assistente social e me preocupo não só como cidadã mas pela questão social. Informação é fundamental.” Além do pai, pelo menos outras duas pessoas na família de Edna contraíram dengue: um irmão e um sobrinho da assistente social.
Marília