Marília

Tochimiti Sasazaki é sepultado com onda de mensagens de adeus e reconhecimento

Tochimiti Sasazaki é sepultado com onda de mensagens de adeus e reconhecimento

Empresários, autoridades, políticos, amigos e funcionários das indústrias Sasazaki participaram do velório e despedida ao empresário Tochimiti Sasazaki, 75, que faleceu na noite desta quinta-feira (26) em Marília.

Tochimiti, que sofreu um AVC, foi internado na última segunda-feira e segundo informações da empresa trabalhou até a semana passada. Um irmão do empresário, que recentemente contraiu dengue, esteve também no hospital nos últimos dias, mas recupera-se bem.

O empresário foi um dos fundadores da empresa, diretor por muitos anos e entre 2002 e 2002 acumulou duas funções importantes: foi presidente da indústria e do conselho de administração.

Neste período fez a transição em um momento delicado. Substituiu o irmão Hachiro Sasazaki, então com 66 anos, no comando direto da empresa. Assumiu e fez a transição para que um sobrinho, Leonardo Sasazaki, filho de outro dos fundadores, Yusaburo, pudesse assumir a empresa. A Sasazaki mantém seu perfil familiar.

Tochimiti foi dirigente do Ciesp. Em 2008, na celebração do centenário da Imigração Japonesa, recebeu da Revista Exame, em São Paulo, como um entre 11 empresários de destaque da comunidade nipônica no Brasil.

O velório atraiu coroas de flores e mensagens de diferentes cidades, empresas, famílias e organizações sociais. Dezenas de pessoas passaram pelo velório municipal durante o dia e um grande número acompanhou o sepultamento, às 16h.

O prefeito Vinícius Camarinha disse através de sua assessoria que Tochimiti “foi um grande empresário e um gigante como ser humano.” O presidente da Câmara, Herval Rosa Seabra, afirmou que a morte foi um fato “extremamente lamentável” e que além de um grande industrial, Tochimiti foi também um homem de visão no futuro. “Como ser humano ajudou diferentes movimentos e ações sociais na cidade em diferentes formas de participação”, disse o vereador.

REPERCUSSÃO

“Construiu ao lado dos irmãos uma grande empresa, importantíssima para a cidade, e foi um símbolo dessa empresa, não só por sua capacidade, mas pelo trato, por sua atuação como pessoal. Foi importante para a indústria, importante para o setor empresarial e important6e para a cidade, para desenvolvimento econômico e social de Marília” – Luiz Eduardo Nardi, vereador e ex-presidente da Câmara.


Flávio Perez, diretor do Ciesp de Marília – “Não só pelo que fez na Sasazaki, ele foi até hoje um baluarte da indústria regional. A Sasazaki está no Brasil inteira, está respeitada, todo ponto de comércio onde você for, São Paulo, Rio, tem Sasazaki. Isso ele ajudou a criar, foi o timoneiro da i8ndústria, ajudou a criar esse ícone da construção.”

“Convivi com ele, advoguei por 29 anos para a Sasazaki, tendo contato diário, semanal em fase de crescimento da empresa. E ele sempre foi muito preocupado não só com a empresa, mas com causas sociais. Essa a imagem que ele deixou para mim, um cidadão prestante, admirado pela coletividade” – Alceu Carvalho, advogado, ex-presidente da OAB

“É um momento de bastante tristeza, não só para a comunidade japonesa, onde ele era um ícone, um ídolo, mas para toda a cidade. Tica Sasazaki dispensa comentários. Faz parte do crescimento e desenvolvimento da cidade. Todos nós que sabemos da história da indústria temos que estar hoje tristes e ao mesmo tempo agradecidos por tudo o que ele fez”- Sílvio Harada, vereador e diretor da Cooperativa Agrosul.


Pedro Pavão, presidente do Sindicato do Comércio Varejista e ex-deputado federal – “É lamentável. A perda de uma pessoa de relevância, não teria palavras para descrever. Sou amigo desde sempre. Tenho 75 anos, a mesma, idade, moramos na mesma cidade, desenvolvemos muitos trabalhos juntos. Temos que dizer que há saudade e deixar para a família apoio para que eles possam superar a dor de uma perda como essa”

“Ele contribuiu muito para o desenvolvimento da nossa empresa. Nos primeiros 15 anos de Toca é inegável reconhecer a importância da família, ajudaram a desenvolver o Esmeraldas fechado, foram investidores, contribuiu muito. E além disso a atuação social, o Nikkey, atividades ligadas à cultura e a indústria, diversos níveis que permitiu à indústria de Marília chegar a esse ponto. Ele foi um guerreiro” – Roberto Borghette de Mello, empresário e diretor da Toca Imóveis.

“Foi um exemplo, ele e toda a família. Chegaram na década de 30, vieram a Marília na década de 40, acompanhando a guerra, implantaram uma indústria reconhecida nacionalmente, geraram muitos empregos e são exemplo em uma família unida, coesa. E foi um líder da classe empresarial, no Ciesp, Nikkey. Foi um exemplo de mariliense” – Silvio Guillen, advogado e ex-presidente da Emdurb.

“Perdi um amigo de infância. Fomos amigos, temos a mesma idade, fomos vizinhos. Era uma pessoa sensacional, feliz” – Pedro Magalhães, bancário e dirigente sindical