Marília

Sindicato flagra riscos de dengue e acidentes em prédios públicos

Sindicato flagra riscos de dengue e acidentes em prédios públicos

O Sindicato dos Servidores Municipais de Marília iniciou visitas de varredura para identificação de problemas e más condições de trabalho em prédios públicos municipais e flagrou riscos de acidentes, desperdício, abandono e potenciais criadouros de dengue que em empresas ou casas já renderam notificações e multas.

Em plena campanha salarial, o sindicato denuncia os problemas e critica falta de diálogo com a administração. A data base da categoria é 1º de abril e não houve nenhuma reunião. O Sindicato aguarda contato até quinta.

Caso não haja encontro, no sábado deve haver manifestação durante o desfile de aniversário da cidade. E se não houver encontro até segunda-feira, a entidade vai montar uma barraquinha na praça Saturnino de Brito para expor os problemas da categoria.

A prefeitura anunciou que vai abrir negociações e aguarda índices oficiais para discutir reajuste. Veja a íntegra da nota distribuída sobre o casO.

O trabalho de vistoria começou por estruturas do Daem, vai passar pela saúde, garagem e outros prédios municipais. Segundo o presidente do Sindicato, Mauro Cirino, o primeiro passo será apresentar um relatório dos problemas à prefeitura. Caso não haja solução, a entidade pode buscar outros meios, como denunciar ao Ministério Público.

A visita nas diferentes estruturas do Daem mostrou áreas onde trabalhadores são expostos a riscos, como valas de manutenção sob risco de queda na oficina, fios expostos, piso irregular com tampões e registros com poças de água acumulada, que podem ameaçar a saúde dos servidores em diferentes formas, especialmente a dengue.

As imagens produzidas mostram ainda embalagens, sacos e outros potenciais criadouros de dengue espalhados em áreas do Daem. As visitas em todos os setores serão documentadas.

“Iniciamos pelo Daem e vamos visitar onde for possível, vamos passar pela área da saúde onde já temos informações de problemas como unidade com tendas por causa da epidemia sem um bebedouro, salas sem lâmpadas. O que paga numa faixa dá para comprar caixa de lâmpadas”, disse Mauro Cirino.

O sindicalista afirmou ainda que os servidores são duplamente penalizados, porque trabalham em condições ruins e usam serviços ruins. “Quando falta água, falta na casa do servidor também. Quando falta remédio, falta para o servidor também. O servidor sofre duas vezes.”

Ainda segundo o sindicato, a vistoria serve como alerta para economia, já que ficaria mais barato corrigir os problemas antes de precisar refazer a estruturas.

OUTRO LADO

Em resposta a perguntas do Giro Marília sobre as imagens, o Daem informou através da Diretoria de Comunicação da prefeitura que desconhece qualquer publicação com imagens sobre os problemas de infraestrutura citados pelo Sindicato. Segundo o departamento, a administração herdou muitos problemas e situações de abandono da gestão passada, encerrada em 2012.

“A diretoria do DAEM esclarece que a atual administração herdou da gestão passada uma série de dificuldades na estrutura do setor hídrico da cidade – especialmente com a falta de água em diversos bairros do município. O Daem vem realizando nestes últimos dois anos da administração do Prefeito Vinicius Camarinha vários investimentos nas áreas de captação e abastecimento de água (construção de poços, instalação de reservatórios, implantação de novas adutoras, entre outros)”, diz a nota.

Ainda segundo o departamento, há um planejamento em andamento para a reforma e ampliação das instalações prediais e que o cronograma das atividades está sendo executado gradativamente pela instituição.