O menino Daniel Vinícius Marzola Nunes, atingido por um raio quando jogava bola em 2013, na zona sul de Marília, completou 12 anos nesta quinta-feira e ganhou uma festa especial com participação de equipes da unidade de saúde responsável por seu acompanhamento. Isso porque Daniel é um exemplo de recuperação e um guerreiro, que superou o acidente e muitas das dificuldades advindas da descarga elétrica que recebeu.
“Esse é um momento muito importante para toda a equipe. O Daniel é um paciente muito especial para nós. Por isso, fazemos questão de cantar o “Parabéns a Você” com muito entusiasmo e cumprimenta-lo pelo aniversário”, comentou a fisioterapeuta Beatriz Lanza Lazarini Antico.
Segundo Beatriz, o quadro de Daniel evoluiu muito nesses dois anos, após o acidente. Inicialmente ele não tinha movimento algum . Ele não usa mais sondas e voltou a frequentar a escola, a Emef Nicácia Garcia Gil, embora a comunicação só seja possível através de gestos e olhares.
“A comemoração do aniversário do Dani está sendo muito importante para trabalho de recuperação do meu filho. Tenho muita fé em Deus para a evolução gradativa do seu estado de saúde”, disse a dona-de-casa Fátima de Oliveira Marzola, a mãe de Daniel.
Daniel vem sendo acompanhado pelo programa “Clínica Família Saudável” e pelo Nasf (Núcleo de Apoio à Saúde da Família) da Secretaria Municipal da Saúde. Após a alta hospitalar, desde abril de 2013, 50 dias após o acidente, recebeu atendimento de Fisioterapia três vezes por semana, além do acompanhamento pela Central Municipal de Fonoaudiologia.
A Unimar (Universidade de Marília) também fez trabalho fisioterápico, além de acompanhamento pelo médico Francisco Agostinho, do Hospital Materno Infantil.
“A cada atendimento, percebemos a evolução de Daniel. Hoje, ele já até reconhece os profissionais de saúde, respondendo às estimulações. Isso motiva toda a equipe”, afirmou Beatriz.
A mãe, Fátima, destacou que não vai desistir. “Quando o Dani voltou para casa com sondas para mantê-lo vivo, o quadro era preocupante. De lá para cá, ele evoluiu muito. Tenho fé de vê-lo andando e falando algum dia. Com a ajuda de Deus, nunca vou desanimar.”
Segundo a mãe, apesar da fatalidade, Daniel continua apaixonado por futebol e pelo clube do coração, o Palmeiras.