Famosos

Morre o ator e diretor Antonio Abujamra, 82, nascido em Ourinhos

Apresentador do “Provocações”, Abujamra tinha 82 anos
Apresentador do “Provocações”, Abujamra tinha 82 anos

Um dos mais cultuados apresentadores de talkshow dos últimos anos, o ator e diretor Antonio Abujamra faleceu na manhã desta terça-feira aos 82. Ele foi encontrado em seu apartamento, na rua Maranhão, no bairro de Higienópolis em São Paulo. Ainda não há informações sobre a causa da morte .Abujamra nasceu em Ourinhos, em setembro de 1932.

Conhecido pela irreverência de suas encenações e por seu humor crítico em relação a tabus sociais.  Como diretor, foi um dos principais da antiga TV Tupi e, como ator, teve atuação destacada. Em 1998, esteve em Monte Carlo, principado de Mônaco, ao lado de celebridades como Claudia Cardinale, Annie Girardot e Yehudi Menuhin, no júri do Festival Mundial de Televisão, como único latino-americano convidado.

Era pai do também ator e músico André Abujamra. As atrizes Clarisse Abujamra e Iara Jamra são suas sobrinhas. Comandou o programa Provocações, da TV Cultura, no ar desde 6 de agosto de 2000. Atualmente é exibido todas as terças-feiras, às 23h30, com reapresentação na madrugada de quarta para quinta-feira, às 4h30.

Foi pioneiro em métodos teatrais de Bertolt Brecht e Roger Planchon em palcos brasileiros. Formado em filosofia e jornalismo pela PUC (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul) em 1957, atualmente apresentava o programa Provocações, na Rede Cultura. 

Iniciou sua carreira como ator aos 55 anos e em dois anos atua em duas telenovelas e três peças de teatro. Acaba premiado pelo desempenho no monólogo “O Contrabaixo”, de Patrick Suskind, 1987. 

Em 1991, recebe o Prêmio Molière pela direção de “Um Certo Hamlet”, espetáculo de estreia da companhia Os Fodidos Privilegiados, fundada por Abujamra para ocupar o Teatro Dulcina, no Rio.

Em depoimento ao jornal ‘O Estado de S. Paulo’, em 2010, o escritor falou de sua percepção a respeito da vida e da morte. “A essência do meu progresso estava em poder aceitar a minha decadência. Ou seja, progredir até morrer, porque viver é morrer. E não me arrependo de nada.