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Campanha salarial de servidores transforma MP-SP em vidraça

Campanha salarial de servidores transforma MP-SP em vidraça

Uma das uma das principais vozes contra injustiças sociais virou vidraça e está na defesa. O Ministério Público do Estado de São Paulo enfrenta desde o mês passado pressão e manifestações de um sindicato e uma associação de servidores em campanha salarial.

Os trabalhadores pedem reposição da inflação e ganho real. O MP ofereceu reajuste de 6,25% retroativo a primeiro de março Já enfrentou manifestações, divulgação negativa e até um dia de luta no trabalho convocado pelo sindicato dos servidores.

A pressão ficou ainda maior porque diferente dos trabalhadores os promotores de justiça receberam reajuste na faixa de 14%, acompanhando os índices de reajuste para magistratura e tribunais.

Esse índice não é decidido e nem influenciado pelo Ministério Público. Ainda assim virou tema de manifestação dos trabalhadores. O reajuste oferecido aos trabalhadores repete índice do Tribunal de Justiça aos trabalhadores do judiciário.

Mas a campanha revela um racha entre os servidores. Uma associação que representa os analistas do MP, advogados que atuam como assistentes dos promotores,  entrou em fase final de implantação estimulada por divergências sobre a atuação do sindicato.

Apesar de a associação não representação legal para negociar salários, a expectativa é que a entidade consiga legitimidade junto à direção do MP para ser ouvida sobre as relações com os servidores.

SALÁRIOS

A função com menor salário na instituição é a de auxiliar da promotoria I que tem previsão de salário inicial de R$ 1.895,97. O maior salário inicial de servidor é para assessor técnico, que recebe R$ 13.962,49. Esses valores sofrem acréscimos de benefícios e direitos de servidores.

O maior salário base do MP  é o de procurador de justiça – R$ 30. 471,11 fora os benefícios. Um promotor em início de carreira recebe pelo menos R$ 24.818,71.

A diferença abismal de salários já foi motivo até de ironias em uma mensagem em que promotora teria atacado analistas, a quem chamou de frustrados e mal pagos.

Além do reajuste diferenciado, os trabalhadores querem receber auxílio saúde, como os promotores. O pagamento representaria até R$ 250 a mais nos salários dos servidores.