A assinatura da lei que transforma oficialmente o complexo do Hospital das Clínicas em uma autarquia estadual detonou nova fase de campanha dos estudantes de medicina e enfermagem pela encampação da Famema por alguma universidade estadual.
“Autarquizou tem que encampar. Chega de desculpas” é o novo tema da campanha divulgada desde ontem pela página oficial do Diretório Acadêmico dos alunos da Faculdade de Medicina de Marília.
Hoje a Famema é um instituto de ensino estadual mas isolado. Segundo os alunos, isso representa orçamento menor, menos investimentos em pesquisa, menor visibilidade e suporte. A ideia é que ela passe a ser um instituto da USP, Unesp ou Unicamp.
Uma das medidas é bombardear as redes sociais usadas pelo governador Geraldo Alckmin com mensagens e pedidos de encampação. Uma postagem sobre a assinatura da lei já ganhou diversas mensagens com a hastag #autarquizoutemqueencampar .
“Desde 2006 os estudantes dizem ao Governador, muitas vezes pessoalmente, que querem a encampação da FAMEMA. Toda vez ele diz não saber nossa opinião. Vamos mostrar para ele de uma vez por todas que queremos nossa faculdade dentro de uma universidade estadual”, diz orientação do diretório Acadêmico para os alunos enviem as mensagens.
Reprodução – Facebook
Mensagens pela encampação bombardeiam página
do governador Alckmin nas redes sociais
Algumas postagens acabam perdidas em meio a outras campanhas, como os pedidos de reajustes para professores da rede estadual e até críticas ao DER (Departamento de Estradas de Rodagem).
Mas não é só encampação que os alunos pedem. Os estudantes estão em campanha contra o corte de recursos. Desde o final do ano passado a Saúde estadual repassa 25% a menos, o que abriu um rombo nas contas da Famema e já provocou corte de serviços e de atividades curriculares, prejudicando pacientes e alunos.
A medida provocou um protesto com paralisação de aulas e abriu conflito entre alunos e a direção da faculdade, que evita críticas ou confronto com o governo do Estado por causa do processo de autarquização. A página do Diretório no Facebook desmente mensagens oficiais e tasmbém divulga mensagens para divulgar o que considera represálias contra estudantes envolvidos nas manifestações.