Pelo menos seis dirigentes da Fifa, incluindo o brasileiro José Maria Marin, foram presos na madrugada desta quarta-feira na Suíça durante uma operação surpresa da polícia em investigação de caso de corrupção e lavagem de dinheiro segundo o jornal The New York Times, dos Estados Unidos, e a rede inglesa BBC.
Os dirigentes teriam sido presos em um hotel de Zurique em, a ação que atende pedido de autoridades americanas. Os suspeitos poderão ser extraditados para os Estados Unidos.
A operação aproveitou encontro de delegados de quase todas federações de futebol para um congresso em que o atual presidente, Joseph Blatter, que até agora não aparece na lita de detidos.
Casos de corrupção, denúncias de benefícios e operações suspeitas da Fifa são denunciados desde antes de o Brasil realizar a Copa do Mundo, no ano passado.
O Departamento Federal de Justiça suíço informou que está questionando dez dirigentes sobre a votação para escolha das sedes das Copas de 2018 e 2022.
Uma nota oficial da Advocacia-geral do país informou que procedimentos criminais foram abertos sobre o caso. Segundo a emissora britânica BBC, o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, estaria entre os detidos.
O único detido identificado até o momento foi Jeffrey Webb, presidente da CONCACAF (Confederação das Américas Central e do Norte).
Segundo o jornal, as acusações baseadas numa investigação do FBI que começou em 2011 apontam corrupção generalizada na FIFA nas últimas duas décadas – envolvendo a disputa pelo direito de sediar as Copas da Rússia (2018) e Catar (2022) – além de contratos de marketing e televisionamento.
Fontes da justiça americana dizem, segundo o jornal, que 14 pessoas ligadas à FIFA serão indiciadas por crimes como fraude, lavagem de dinheiro e extorsão.