Saúde

Cidade discute 75 propostas para Conferência Estadual de Saúde

Conferência na Unimar discutiu propostas para saúde – Divulgação
Conferência na Unimar discutiu propostas para saúde – Divulgação

Coleta seletiva de lixo, plano de carreira, PA 24h na zona sul estão entre 75 propostas de gestão da saúde pública discutidas pela Conferência Municipal do setor, que vai levar ideias para a Conferência Estadual.

O encontro municipal aconteceu no final de semana e levantou 135 propostas, que acabaram, chegando a 75. Além das ideias, o evento definiu representantes para o encontro estadual. Serão
12 delegados entre usuários do serviço público, seis gestores e prestadores de serviço e seis delegados trabalhadores da área da saúde.

A conferência definiu ainda como prioridade capacitação dos profissionais da saúde e da população e construção e ampliação do programa de combate a álcool e drogas.

Outro destaque é proposta para que estudantes da área de saúde que usem o Fies paguem o financiamento dos cursos com trabalho voluntário para o SUS (Sistema Único de Saúde).

O presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (Cosems-SP) e secretário da Saúde de Ribeirão Preto, Stênio José Correia Miranda, proferiu palestra com o tema desse ano “Saúde Pública de Qualidade, para Cuidar Bem das Pessoas”. Ele destacou que o evento é muito importante para a discussão dos problemas comuns numa área essencial para a população.

”O SUS tem 27 anos de existência.É ainda muito jovem para um país de dimensões territoriais como o Brasil. Os obstáculos são financiamento, número insuficiente de profissionais qualificados para toda a demanda e corporativismo. O sistema, porém, é uma grande conquista do povo brasileiro com a filosofia de que saúde é direito de todo e dever do Estado”, destacou

Ele lembrou que os países mais desenvolvidos do mundo investem pelo menos 6.000 dólares por habitante-ano em saúde pública. “No Brasil, esse investimento não passa de 800 dólares. É pouco”, ressaltou.

O secretário municipal da Saúde, Luiz Takano, afirmou ser muito importante a participação dos marilienses no evento. O diretor regional de Saúde, Luis Carlos de Paula e Silva, disse que a conferência é o espaço democrático para o debate de uma área fundamental e muito criticada pela população: o SUS.

O reitor da Universidade de Marília, Márcio Mesquita Serva, lembrou que o SUS precisa de um investimento maior dos administradores públicos.“A própria Unimar dispõe de um hospital e cursos voltados para o atendimento de graça á população. É preciso existir esse direcionamento. Há 15 anos estamos lutando para vencer a barreira política e destinar o Hospital Universitário para o SUS. Acabamos de construir uma ala com 220 leitos para essa finalidade, porém, ainda não conseguimos ainda o credenciamento”, finalizou.

Na mesa principal também estiveram o vereador Silvio Harada e a presidente do Conselho Municipal da Saúde, Virgínia Maria Pradella Balloni.