Depois de chamar a polícia no paço municipal e um escola, a prefeitura de Marília acionou a PM para conter uma manifestação de servidores municipais em greve na porta da garagem de obras e serviços urbanos na manhã desta segunda-feira. A paralisação chegou ao 33º dia.
Segundo nota distribuída pela administração, a manifestação provocou “tumulto, empurra-empurra e atraso nos serviços”, como coleta de lixo e transporte escolar. Servidores que participaram do protesto negam tumultos e agressão. Prefeitura e grevistas divulgaram fotos da manifestação.
Pouco depois de distribuir a nota sobre o caso, a prefeitura anunciou ter conseguido liminar da Vara Da fazenda em Marília para impedir que o Sindicato faça outros protestos que impeçam acesso e trabalho de servidores que não querem aderir.
Segundo a informação da prefeitura, o juiz Walmir Idalêncio dos Santos Cruz, determinou que o sindicato deixe de bloquear trânsito, trancar portões ou impedir qualquer acesso de trabalhadores. “Com efeito, o movimento grevista está praticando abusos no exercício do direito de greve, haja vista as condutas no sentido de fechar portões de repartições públicas com correntes e cadeados no intento de impedir os servidores que queiram trabalhar e de exercer suas atividades”, decidiu o juiz, segundo a prefeitura.
A administração diz que a manifestação desta segunda começou por volta de 6h30 e que servidores foram impedidos de entrar. A Polícia Militar foi chamada para permitir acesso ao prédio. A prefeitura registrou três boletins de ocorrência: um para acusar os manifestantes de impedir a entrada dos servidores e dois por agressão.
Os manifestantes levaram com cartazes e carros de som para a porta da garagem. Segundo a prefeitura, o índice de adesão no setor não afeta em nada o serviço. “A adesão à greve na nossa secretaria é muito pequena, insignificante, cerca de meia dúzia de funcionários que não atrapalha em nada o andamento do trabalho”, diz o secretário.
A nota da prefeitura diz ainda que a supervisora da frota da Secretaria de Serviços Urbanos, Alessandra Viana, foi agredida. “Sofri um acidente há alguns meses, fraturei a coluna e com a queda de hoje trinquei o pé esquerdo, além de estar com muita dor nas costas. Vou precisar ficar afastada 15 dias das minhas funções.”
Em postagens em redes sociais, servidores negaram qualquer ato de violência. “Não houve tumulto nenhum”, “super tranquilo, como sempre foi nossa greve. Infiltrados tentando denigrir nosso movimento! esta tudo na paz por ae, a mentira deles caindo por terra” e “nossa manifestação foi pacífica, nada foi quebrado e destruído como sempre!” foram algumas frases divulgadas por apoiadores da manifestação.