Marília

Federação erra, divulga “aumento” após greve e amplia racha

Federação erra, divulga “aumento” após greve e amplia racha

Uma informação errada em divulgação oficial da Federação dos Sindicatos de Servidores Públicos aumentou o racha entre grupo de servidores e a direção da entidade e do sindicato em Marília.

Uma publicação que deveria divulgar o acordo atabalhoado que encerrou a greve na cidade informa de maneira equivocada que “após 35 dias de lutas e turbulentas negociações, ficou definido o aumento salarial de mais de 4%”.

“A Federação e o presidente do sindicato em Marília continuam tratando os servidores como idiotas”, disse em postagem nas redes sociais o servidor Lúcio Coelho de Araújo, que durante toda a greve participou da divulgação de informações e pressão sobre a administração. Ele classificou a notícia errada de “maldosa”.

Os servidores tiveram 4,5% de reajuste salarial antes mesmo de a greve começar. Queriam 8,4% e o baixo índice do reajuste foi a principal causa para iniciar a paralisação que durou 35 dias e foi a maior da história, mas terminou sem qualquer ganho extra nos salários, com obrigação de repor os dias parados..

Na terça-feira à noite, sem qualquer divulgação ou participação de servidores, advogados da federação e do sindicato de Marília participaram de uma reunião com o presidente da Câmara, Herval Rosa Seabra e deixaram o encontro com a proposta do acordo, que repetiu uma solução já rejeitada e acabou apresentada como nova chance e usada em assembleia para encerrar a greve.

A forma da negociação e mesmo a proposta aceita provocaram racha entre os servidores e muitas críticas. Houve bate-boca entre trabalhadores e dirigentes da federação e do sindicato, que recusou-se a falar sobre o problema.

A informação sobre o reajuste não é a única falha na divulgação oficial da Federação. A notícia divulgada no site da entidade omite a obrigação em repor os dias parados e informa apenas que “foi garantido pela prefeitura que os dias de greve não serão descontados dos grevistas e que não ocorrerão demissões assim como possíveis represálias”.