Em meio à maior crise da sua história, o Hospital das Clínicas da Famema recebeu no final de semana a promessa de repasse de R$ 5 milhões em duas parcelas, com a primeira daqui a 15 dias e a outra em agosto.
O valor deve cobrir metade do rombo do hospital e não encerra a crise da instituição, que aguarda ainda uma auditoria da Secretaria estadual da Saúde.
Os estudantes convocaram para a noite desta segunda-feira (22) uma plenária para discutir a crise da instituição, as diferentes informações e os efeitos da falta de recursos.
“O HC da Famema passa por um processo claro de destruição por subfinanciamento e descaso do poder público. O que está por trás disso? O que podemos fazer para impedir a perda de um dos poucos patrimônios da Famema? Venha para a Reunião Ordinária mais importante do ano”, diz a mensagem dos estudantes para convocação da plenária.
O anúncio do novo repasse foi feito pelo governador Geraldo Alckmin durante visita a cidades da região no final de semana. O governador repetiu o discurso oficial de que não houve o corte de repasses anunciado pelo HC.
O governador apresentou alguns números de repasses e prometeu a nova verba em dois meses, além da auditoria com acompanhamento pessoal do secretário estadual da Saúde, Dadiv Everson Uip.
O Diretório Acadêmico de Medicina e alguns servidores ligados à associação de funcionários estão em luta contra o que consideram uma campanha de privatização branca dos serviços.
O caminho do processo, segundo alunos e funcionários, é levar a crise ao limite de criação de uma OSS (organização Social de saúde), que passaria a dar suporte à gestão do hospital e contratar em nome do HC diferentes serviços terceirizados privados, que iriam substituir de forma gradativa serviços e espaços públicos no hospital.
“Lutar contra a privatização do Hospital de Clinicas de Marilia é garantia de trabalho e luta em favor do SUS. Pelo fim da precarização do patrimônio publico assim como de seus trabalhadores. A unidade dos trabalhadores e estudantes ira forjar um patrimônio publico de qualidade. #VamoPraRua”, diz mensagem que circula entre trabalhadores do complexo.