Laura Cury Costa, seis meses, a Laurinha, bebê de Marilia que emocionou pessoas comuns e famosos em todo o país em busca de tratamento para raro caso de distrofia muscular, encerrou sua luta nesta segunda-feira. “Vai em paz meu anjo. Obrigada por tudo o que fez por mim”, postou a mãe de Laurinha, Lorena Cury, em sua página do Facebook.
Sem diagnóstico, depois de enfrentar problemas de saúde e um sistema de saúde falido que só agravou as preocupações da família, Laurinha faleceu em São Paulo, onde aguardava resultado de exames. Ela será sepultada em Paraguaçu Paulista, onde tem familiares.
O problema foi diagnosticado em Marília, onde os pais, Gabriel e Lorena, descobriram também que a cidade não teria estrutura sequer para descobrir o mal que atingiu a menina. Laurinha apresentava perda de força muscular, o que inviabiliza movimentos simples e ameaçava atividade pulmonar e cardíaca.
Os exames e estrutura de eventual tratamento só existem em São Paulo. Para consegui a transferência, a família da menina precisou iniciar uma batalha judicial contra o Sistema Único de saúde. Com ordem judicial e muita pressão popular, consegui a vaga no hospital da USP.
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Foi diagnosticada com suspeita de mitocondriopatia, tipo de doença que impede as mitocôndrias de produzir e transferir força para as células. A certeza e a eventual busca de tratamento dependeriam de exames mais complexos, que o SUS recusou oferecer.
A família buscou tratamentos mais caros, incluindo um exame de DNA com valor aproximado de R$ 12 mil. Não deu tempo de chegar ao diagnóstico correto. No início da noite desta segunda-feira, Lorena Cury postou a mensagem com a informação sobre o falecimento.
“Vai em paz meu anjo. Obrigada por tudo que fez por mim. Sei que Deus já te recebeu de braços abertos, aliviou o seu sofrimento, e que você já cumpriu o seu caminho aqui na Terra. Eu fico aqui, com a dor e a saudade, os bons momentos, e tudo que você me ensinou… esperando pra te encontrar de novo. Meu bebezinho. O sepultamento será em Paraguaçu Paulista, ainda não sabemos o horário.”
