Marília

INTERDIÇÃO – ONG pede prazo para abrigar cães ameaçados de despejo

INTERDIÇÃO – ONG pede prazo para abrigar cães ameaçados de despejo

A ONG Garra Marília, responsável por um abrigo com 60 cães na zona leste da cidade, protocolou requerimento na prefeitura em que pede prazo para mudança e retirada dos animais enquanto busca alternativas.

Sob risco de  mudança em 15 dias, a ONG admite até gastos com uma nova fossa para o abrigo por mais alguns meses. O objetivo é ganhar tempo para achar e preparar uma nova chácara onde os animais possam ser atendidos. O pedido de prazo deve adiar decisão final de saída até uma resposta oficial.

Enquanto aguardam resposta os voluntários pensam em alternativas de emergência, que podem envolver ainda abrigos temporários em casas de pessoas ligadas à ONG, um desafio pelo grande número de animais.

“Mesmo que alguns voluntários queiram abrigar vários, a cidade tem lei que fixa limite de animais por residência. E mesmo que encontremos vários voluntários, não é a solução adequada fazer mudança para novas mudanças depois”, explica Helena Barradas, uma das dirigentes da ONG.

Helena faz uma ressalva: não há risco de os animais serem soltos nas ruas. “Isso nunca, até porque para alguns animais seria sentença de morte. Temos animais que tomam medicamentos de uso diário, outros muito assustados que ficam ariscos”, explica.

Os voluntários já visitaram algumas chácaras e áreas para a mudança do abrigo, mas esbarram na falta de opções. A maioria das chácaras da cidade está disponível por temporada e para eventos.

O abrigo usado atualmente é alugado, fica a cem metros da cabeceira da represa Cascata em uma região residencial de baixa densidade.

“Não há nada na lei dizendo que é proibido ter abrigo e nada dizendo que é permitido. Mas entendemos que não interessa agora uma batalha judicial. Então o que pedimos é prazo para acomodar os animais de forma adequada”, disse.

Outra alternativa é o processo de reconhecimento da ONG como uma instituição sem fins lucrativos e de interesse social, o que permitiria convênios com poder público para repasses e até cessão de uso de áreas públicas. Mas este é um processo burocrático mais lento, talvez não haja tempo.