Começou com baixa adesão a greve dos agentes de segurança da Penitenciária de Marilia, marcada para esta segunda-feira (20) após 23 assembleias gerais convocadas pelo Sindicato dos Agentes de Segurança (Sindasp-SP). A unidade de Marília conta com aproximadamente 170 agentes.
Segundo a entidade, a greve foi convocada porque o governo do Estado não cumpriu até hoje todas as cláusulas do acordo firmada ano passado, após 16 dias de paralisação. O sindicato espera atingir as 163 penitenciárias do Estado.
O diretor da entidade, Luciano Novaes Carneiro, Marília terá uma greve simbólica. Os servidores ficam em seus locais de trabalho, evitando novos processos disciplinares, e o pessoal de folga foi convocado para manifestações na porta do presídio.
Segundo o diretor, os serviços internos funcionam mas não haverá apoio para traslado ao fórum e júri, atendimento a advogados, oficiais de justiça, assistentes sociais, psicólogos, oitivas, transferências jumbo, sedex, esportes, escola, todo etipo de trabalho de pavilhão.
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O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Marília e Região e coordenador Regional da Força Sindical Marília, Irton Siqueira Torres, esteve hoje pela manhã, acompanhado de outros dirigentes sindicais, na porta da Penitenciária de Marília, em apoio aos grevistas.
“O Sindasp é um filiado da força. O Luciano é um diretor do sindicato e nos procurou. Como a gente coordenada a regional não poderíamos deixar de atender mais esse filiado, que busca através do movimento grevista conquistar suas reivindicações.”
O acordo previa arquivamento de todos os Processos Administrativos Disciplinares abertos contra os agentes que participaram da greve, além, de um Bônus de Resultado Penitenciário (BRP), a ser concedido anualmente aos servidores.
Segundo o Sindasp nenhuns dos dois itens foram cumpridos. No mês de junho, diretores do Sindicato teriam participado de encontro com o secretário de Estado da Administração Penitenciária, Lourival Gomes, e com os coordenadores das unidades prisionais das diversas regiões do Estado, para tratar do cumprimento do acordo, mas não obtiveram êxito. Conforme o sindicato o secretário disse que está analisando os PADs caso a caso e todos estão em seu gabinete para análise, mas não estão arquivados.
