Marília

CRISE - Funcionários da Famema protestam com faixa preta nos uniformes

CRISE - Funcionários da Famema protestam com faixa preta nos uniformes

Grupo de funcionários do complexo Famema usa desde esta quarta-feira faixas pretas junto aos uniformes para divulgar estado de greve da categoria, que protesta contra falta de reajuste dos salários e más condições de trabalho.

O complexo estava em greve até o final da semana passada quando o protesto foi suspenso para aguardar eventuais medidas administração em função de uma investigação do Ministério Público Federal sobre a suspeita de fraudes em contratos e licitações.

A campanha batizada como “Respeito Profissional” produziu faixas com a mensagem “Estado de Greve/Respeito ao Trabalhador”. Alguns servidores usam amarradas ao braço, outros fizeram laços. O acessório acaba usado como símbolo de luto dos trabalhadores.

A iniciativa segue proposta apresentada ainda durante a greve para que, em caso de suspensão do projeto, os trabalhadores mantivessem uma forma de alertar a comunidade sobre a situação.

A greve começou e foi suspensa sem qualquer proposta de acordo. Isso porque a diretoria da Famema alega dependência total do governo do Estado para definir qualquer reajuste. Em meio à investigação federal, além de uma auditoria determinada pelo próprio Estado.

A proposta inicial dos trabalhadores reivindica reajuste de 20% – 9% de reposição da inflação mais ganhos reais para recuperar poder de compra dos salários – além de melhoria nas condições gerais de trabalho, como contratações, recuperação de equipamentos, Fornecimento de material de consumo diário nos hospitais do complexo, entre outras medidas.

Segundo alguns funcionários, o novo protesto é uma forma de reivindicar melhores condições para os trabalhadores e usuários, além de manifestar vergonha pelo momento vivido pela instituição.

A gestão complexo Famema envolve as faculdades de medicina e enfermagem, o Hospital das clínicas, Hospital Materno Infantil, Hospital São Francisco e institutos isolados de atendimento, como o hemocentro, o Ambulatório Mário Covas e a rede Lucy Montoro. São 2.400 funcionários.