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Clube de Cinema exibe hoje O Crime que Abalou a Colônia Japonesa

Clube de Cinema exibe hoje O Crime que Abalou a Colônia Japonesa

Uma sessão especial do Clube de Cinema de Marília hoje, às 20h, exibe o  documentário “O crime que abalou a colônia japonesa”, que resgata crise vivida pela comunidade japonesa no Brasil no pós-segunda guerra, quando o Japão foi derrotado.

O filme trata de informaçõs como  atuação da Shindo Renmei, uma organização formada por japoneses e descendentes, que sob aleação de que a derrota era mentira, perseguiu, maou e feriu alguns japoneses considerados derrotistas e traidores da pátria.

O diretor Mario Jun Okuhara e um personagem vivo desta história, Tokuiti Hidaka, 93, devem acompanhar a sessão. Natural de Tupã e residente há muitos anos em Marília, Tokuiti viveu as diferentes fases do conflito.

A história ganhou divulgação e domínio público a partir dos anos 2000, quando o escritor Fernando Morais publicou “Corações Sujos”, um relato sobre parte dos conflitos e crimes cometidos.

O livro inspirou ainda um filme com mesmo nome, que abordou de forma mais clara outro problema da época: fraudes embutidas nas campanhas de glorificação do Japão para tomar dinheiro e propriedade de imigrantes e seus descendentes.


Diretor do documentário, Mario Jun Okuhara

“Com este documentário que dura cerca de 90’ podemos conhecer a verdadeira história do que acontecia com os japoneses no Brasil na época da 2ª Guerra Mundial. Os que moravam nas cidades praianas tinham ordem de abandonar o Brasil em 24 horas, razão pela qual em cidades como Santos e Rio de Janeiro existem poucos descendentes de japoneses, é um fato histórico que chama a atenção”, comentou Ivan Fiorini, presidente do Clube de Cinema de Marília.

A assinatura e reconhecimento da derrota japonesa em em 15-08-2015, há 70 anos, dividiu a colônia japonesa no Brasil. Os conflitos foram mais graves na região, em cidades como Bastos, Bilac, Marília, Tupã, Osvaldo Cruz e Quintana, onde além de numerosa a comunidade japonesa era formada por população rural, pouco integrada à vida urbana e aos costumes brasleiros..

Foram presos mais de 31 mil japoneses ou descendentes, 381 denunciados na Lei de Segurança Nacional e 80 condenados a expulsão, estes anistiados em 1956 pelo presidente Juscelino Kubistheck. A maioria cumpriu pena na Ilha Anchieta, litoral paulista. Alguns quase 10 anos. Entre eles, o Sr Hidaka.

Mais informações sobre a sessão especial pode ser obtidas com Ivan Fiorini pelo telefone  99125-8800. O Auditório “Prof. Octávio Lignelli” está localizado na Av. Sampaio Vidal nº 245 – piso superior da Biblioteca Municipal, com entrada pela Av. Rio Branco.