Marília

Câmara tem novo protesto e Herval encerra sessão

Câmara tem novo protesto e Herval encerra sessão

O terceiro protesto para pedir a renúncia ou afastamento do presidente da Câmara, Herval Rosa Seabra (PSB) provocou uma rápida suspensão temporária e pouco depois o fim da sessão na Câmara de Marília na noite desta segunda-feira e provocaram atritos até com a oposição. Cinco projetos de lei deixaram de ser votados.

A sessão foi interrompida enquanto os parlamentares discutiam requerimentos. O público nas galerias, com faixas e cartazes com o tema “Fora Herval” passaram a gritar acusações contra o presidente, que suspendeu a sessão e a transmissão pela TV Câmara e sistema de rádio.

Com a sessão paralisada, os manifestantes passaram a a pressionar também os vereadores com frases como “vereadores que lado estão, do Herval ou da população.” 

O vereador Mário Coraíni Júnior (PTB), um dos três opositores à administração e ao grupo governista liderado por Herval, reagiu e discutiu com alguns dos manifestantes. Coraíni disse que a Câmara deve obedecer à legislação e oi caso está no Judiciário, com decisão que mantém Herval no caso.

A sessão foi retomada pouco antes das 19h e durante a chamada dos vereadores manifestantes vaiaram os governistas. herval aguardou o fim da chamada para a última tentativa de paz. “Solicito aos senhores que se encontram na galeria que por gentileza colaborem com a mesa para que nos possamos continuar”, disse Herval Seabra na retomada do trabalho.

Aproximadamente 50 pessoas acompanharam o protesto na galeria destinada ao público com a promessa de chegada de mais manifestantes para acompanhar do lado de fora. Às 19h14, ainda durante discussão de requerimentos, os manifestantes retomaram os gritos de “roubou dinheiro” e a sessão foi encerrada pelo presidente.

[movie_id#86]

ATOS FORA HERVAL

As manifestações “Fora Herval” acontecem há três semanas durante as sessões ordinárias. Foi o terceiro protesto.

Nos atos anteriores, além da palavras de ordem, foram registrados bate-bocas entre o vereador e os manifestantes, além de um caso de repressão com defensores de Herval inibindo participação do público e a “proibição” de cartazes com a palavra “ladrão”.

Herval Rosa Seabra (PSB), que cumpre seu sétimo mandato como vereador e o quinto como presidente da Casa, foi condenado a oito anos e dez meses de prisão por peculato acusado de fraudar 309 cheques da Câmara para desconto de pouco mais de R$ 4 milhões, com devolução posterior de parte do dinheiro.

Com ele, foi condenado também o ex-diretor da Casa, Toshitomo Egashira, que eu seu depoimento incriminou Herval com benefício da delação premiada. A sentença permitiu que o vereador recorra em liberdade. A Justiça recusou um pedido do Ministério Público para afastar o presidente da Câmara.