Polícia

Sessão julga acusado de matar policial de Marília dentro de delegacia

José Roberto Meira, policial de Marília morto dentro da delegacia em Bressane – Reprodução/internet
José Roberto Meira, policial de Marília morto dentro da delegacia em Bressane – Reprodução/internet

Quase sete anos depois de atirar cinco vezes contra o investigador José Roberto Meira, 40, pai de dois filhos, o ex-policial civil Ademir Spolaor senta no banco dos réus nesta quinta-feira, a partir de 9h em Paraguaçu Paulista, para ser julgado pelo crime.

Ademir baleou Meira dentro da delegacia de Oscar Bressane em setembro de 2008. O policial morreu pouco depois em conseqüência dos ferimentos. O acusado fugiu e ainda assim conseguiu responder em liberdade durante todo o processo, o que deve servir de auxílio também neste julgamento.

Segundo a acusação, o crime foi cometido sem chance de reação e por motivo torpe: uma discussão entre as mulheres dos dois policiais. Meira estava na delegacia registrando um boletim de ocorrência sobre a briga quando Ademir chegou. Houve discussão e segundo a acusação quando virou as costas Meira, sem arma, foi baleado.

Nascido e criado em Marília, onde também trabalhou como policial, Meira era conhecido na cidade, o que deve levar parentes e amigos para acompanhar o julgamento. O acesso ao salão do Júri de Paraguaçu será controlado devido ao grande interesse que o caso despertou.

A morte de Meira rendeu repercussão nacional pela forma brutal me dentro da delegacia, envolvendo dois policiais. “Foi uma morte sem chance de defesa, sem possibilidade de reação, e por um motivo bobo, corriqueiro, que nunca poderia justificar um crime desse“, afirmou o advogado Osvaldo Segamarchi Neto, de Marília, que foi assistente de acusações durante todo o processo.

O caso terá outro mariliense na tribuna, também na acusação, o criminalista José Cláudio Bravos, considerado um especialista em Júri popular. Na defesa estará um escritório de Ribeirão Preto.

Spolaor vive na região com a família. Como terá possibilidade de recurso e respondeu a todo o processo em liberdade tem boas chances de sair do tribunal pela porta da frente com a família, mesmo que seja condenado.