A subseção da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Marília e a Associação Ambientalista Origem divulgaram nesta segunda-feira um manifesto em que pedem a retomada das obras de tratamento de esgoto na cidade e apontam “impactos terríveis” para a inércia da administração sobre o projeto, paralisado pela empreiteira OAS por alegação de falta de pagamento.
O documento cobra explicações sobre essa paralisação dos trabalhos. A cobrança é uma reação à informação divulgada popr outra ONG da cidade, a Matra, com indicação de que os repasses de financiamento federal para o projeto têm sido feitos regularmente.
Além de dar visibilidade ao problema da paralisação de obras, o manifesto lembra que a cidade nunca convocou comitê designado para acompanhar as obras com participação da sociedade.
Veja abaixo a íntegra do Manifesto
“PELA RETOMADA IMEDIATA DAS OBRAS DO ESGOTO EM MARÍLIA
PELA QUALIDADE DE VIDA DA SOCIEDADE MARILIENSE
A Sociedade Civil Mariliense, sabe e reconhece à necessidade de se ter um meio ambiente limpo é essencial para a qualidade de vida de todos.
É também de amplo conhecimento que todo investimento em saneamento básico tem um enorme impacto positivo nas condições de saúde da população.
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De há muito tempo as obras do esgoto tem sido objeto de manifestações e interpelações por parte do Ministério Público e relegadas para um segundo plano por parte do poder executivo, em detrimento de outras de maior visibilidade e sabemos o motivo.
No entanto, estamos observando o abandono dessas obras com a lentidão e por que não dizer inércia do poder executivo em se organizar minimamente em torno de cumprir o seu compromisso com a sociedade.
Está inércia tem impactos terríveis não apenas para a saúde da população, que hoje é obrigada a consumir recursos hídricos de péssima qualidade, mas igualmente para as finanças do município no médio prazo, pois na fase em que se encontram as obras terá que ser refeita caso não se tenha a imediata retomada, devido às chuvas que se aproximam e que pode resultar em grave erosão do que já foi feito, entre outros prejuízos.
Deve ser indagado também as razões pelas quais o poder executivo insiste em não compartilhar com a sociedade o andamento das obras do esgoto, uma vez que o comitê designado com participação da sociedade civil nunca foi convocado, evidenciando assim a falta de compromisso com a missão a que foi confiada.
A retomada das obras é uma necessidade urgente do município, não só por um futuro melhor de nossa cidade e de nossos filhos como também um compromisso com Marília.
Associação Ambientalista de Marília – Origem
Ordem dos Advogados do Brasil – 31ª Subseção Marília”
