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MIGUEL - Campanha ajuda tratamento de bebê mariliense precoce

MIGUEL - Campanha ajuda tratamento de bebê mariliense precoce

Uma campanha na internet, seguida por ações e rifas entre amigos e doações com depósito em conta, arrecada recursos em toda a região para financiar tratamento para Miguel Tossato Silva, um bebê precoce que hoje tem um ano e sete meses e enfrenta série de problemas de saúde.

Miguel mora com a família em Santa Cruz do Rio Pardo, mas nasceu em Marília, gêmeo de Gabriel, e de cara enfrentou uma luta: um parto prematuro, 28 semanas antes da hora. Ficou 88 dias internado na UTI, sofreu parada respiratória e lesões neurológicas e visuais em consequência.

Já passou por duas cirurgias – uma cardíaca, para conter fluxo de sangue que ia para os pulmões – e a retirada de 30 centímetros do intestino em virtude de uma enterocolite necrosante. E as batalhas não acabam.

Edivânia e Rafael, os pais, já tinham dois filhos pré-adolescentes quando surgiu a gravidez e a descoberta de que seriam gêmeos. Ela fez todo o acompanhamento pré-natal em Marília e correu para a cidade quando entrou em trabalho de parto, com a gestação em seis meses. As crianças nasceram com os problemas comuns de prematuros: dificuldade em respirar, necessidade de alimentação especial e suporte para desenvolvimento.

Além do problema cardíaco e intestinal, a internação na UTI do Hospital da Unimar em Maríulia revelou uma grave alergia alimentar. Além de complicações para refeições, o problema agrava traços de autismo e um quadro comum de convulsões.

O acúmulo das situações limites com a saúde de Miguel colocou a mãe em diferentes grupos e contatos com profissionais médicos. Em um deles descobriu tratamento oferecido no Rio de Janeiro em um centro de gastroenterologia do médico Aderbal Sabra, que pode não só melhorar a alergia como reverter problemas dos traços de autismo. A página oficial do médico promete cura em alguns casos.

“É um médico envolvido em pesquisas dessa área, ele está até fora do Brasil atualmente. O tratamento promete cura do autismo em casos ligados à alergia alimentar”, disse Edivânia por telefone ao Giro Marília.

Ela agendou uma consulta para janeiro, com uma previsão inicial de gastar em torno de R$ 2.000 com a viagem. Recebeu relação de exames e custos extras e já sabe que os dois dias para a consulta vão consumir pelo menos R$ 7.000. Já havia iniciado uma “vaquinha on line” mas teve de ampliar a campanha. Só um dos novos exames vai custar R$ 2.300.
 

 

Conseguir o dinheiro para a viagem é uma das batalhas. As lesões do menino, que segue em tratamento com uma neurologista e uma psiquiatra infantil de Marília, não são reversíveis.

Di, como a mãe é conhecida, deixou o emprego de comerciária para acompanhar Miguel, o gêmeo Gabriel – que passou 47 dias na UTI após o parto precoce e segue em crescimento normal – e outros dois filhos, de 13 e dez anos. Perdeu renda e os gastos não param de crescer. Apenas o salário de Rafael o pai das crianças, sustenta a família.

Edivânia e Rafael já tentaram benefício do INSS para o filho, não conseguiram. Descobriram em São Paulo um tratamento para as lesões visuais do menino, mas há cinco meses lutam com o SUS para conseguir uma consulta.

Ela conseguiu matricular Miguel para acompanhamento na Apae. Cuida pessoalmente da alimentação, toda em sistema de papinha e basicamente de combinações de legumes, feitas a partir de orientação de nutricionista e dos grupos de mães.

“Eu decidi que não vou ficar vendo a carruagem passar sem me mexer pelo meu filho. Por isso as campanhas. E quero antecipar a consulta de janeiro, é muito longe. Se conseguir os recursos vou tentar fazer isso o mais rápido possível”, conta a mãe.

Para conhecer mais formas de ajudar, acesse a página da família no facebook – clique AQUI – ou faça doação diretamente em uma conta poupança aberta em nome de Miguel: agencia 0343, operação 13, contapoupança 18.606-1, da Caixa Econômica Federal.