Marília

Marchas interditam avenida no feriado; veja imagens

Marchas interditam avenida no feriado; veja imagens

Aproximadamente 200 pessoas interditaram uma faixa da avenida Sampaio Vidal na manhã deste domingo para marcha unificada em protestos contra escândalos políticos e defesa dos direitos da mulher.

Sem o tradicional desfile de 7 de setembro, cancelado pela prefeitura, a Marcha da Cidadania e a Marcha das Mulheres colocaram a bandeira e o hino nacionais na avenida da cidade.

O resultado foi participação eclética nos cartazes e discursos que foram da defesa de valorização das mulheres, ao pedido de afastamento do presidente da Câmara, Herval Rosa Seabra (PSB) – condenado a oito anos e dez meses de prisão por peculato – e ao pedido para verter o aumento da passagem de ônibus, que a partir do dia 16 passa a custar R$ 3,00.

[movie_id#108]

A marcha deixou espaço até para manifestações internacionais, como um grupo que carregou a bandeira palestina em defesa de seu reconhecimento como nação. Acompanhados por viaturas policiais, os manifestantes desfilaram entre o Espaço Cultural e o Paço Municipal, onde houve concentração e pronunciamentos.

Um dos coordenadores da Marcha da Cidadania, o servidor público Antonio Vieira disse que o movimento não depende da data. “Vamos continuar nas ruas, dizer que Marília é Símbolo de Amor e Liberdade só quando pudermos nos manifestar, tivermos liberdade”, disse.

Vieira elogiou a presença de todos os manifestantes, pediu participação durante as sessões e no movimento Fora Herval. “Marília merece respeito e o respeita esta nos rostos e no coração de cada um que está aqui.”

Lu Santos, professora e integrante da Marcha das Mulheres, disse que o dia 7 de setembro deve ser uma data de luta, de participação dos movimentos sociais. “É triste a realidade daqueles que moram na periferia não ter sua casa própria e quando têm são isolados das creches, do transporte e dos hospitais.”

[movie_id#109]

O vereador Cícero do Ceasa, (PT) único parlamentar a acompanhar os manifestos, elogiou a disposição dos participantes, criticou o abandono da periferia e os escândalos na cidade e lamentou que a prefeitura tenha cancelado o desfile e a possibilidade de a manifestação falar com os moradores.

Os discursos lembraram ainda a cobrança abusiva da Taxa de Iluminação, especialmente em ruas sem rede pública, o atraso na obra de tratamento de esgoto, os protestos durante as sessões da Câmara e o início dos debates para implantação do plano municipal de Cultura 

O protesto também participação de todos nos debates da Conferência dos Direitos da Mulher, que acontece no dia 11 de setembro no auditório da Famema, na rua Monte Carmelo em Marília. As marchas serviram ainda para divulgar a eleição para o conselho tutelar, que acontece no dia 4 de outubro.