Marília

Plano de água e esgoto para 35 anos prevê gastos de R$ 500 milhões

Plano de água e esgoto para 35 anos prevê gastos de R$ 500 milhões

A Prefeitura de Marília apresentou durante audiência nesta terça-feira no Plano Diretor de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário de Marília para os próximos 35 anos e projeta necessidade de R$ 500 milhões em investimentos para atender as necessidades do município.

O plano indica metas sobre modelos de investimentos, regiões prioritárias e prazos para cada etapa de implantação dos sistemas de captação, distribuição e reserva de água, além da coleta e tratamento de esgoto.

O estudo indica ainda problemas da atual rede, com estrutura sucateado, rede tecnicamente defasada e comprometida.

A prefeitura aproveitou o encontro para reapresentar dados sobre as contas públicas e culpar a crise financeira e acusar quebradeira da OAS e do governo federal pela paralisação das obras do esgoto.

“O país está quebrado, a empresa que executava a obra do esgoto, a OAS, também quebrada, está em recuperação judicial. A economia atual do Brasil prejudicou ainda mais a situação do nosso município, não temos mais recursos para fazermos novos poços e para a conclusão da obra do tratamento do esgoto”, disse o  prefeito Vinícius Camarinha no encontro.

A apresentação do plano trouxe para a cidade o engenheiro ambiental e sanitarista, José Everaldo Elorza Prado, professor da Unicamp e responsável por levantamento semelhante do município de Campinas.

“O que está claro é que o município ficou por muito tempo, principalmente nesses últimos oito anos, sem investimentos no abastecimento de água e no tratamento do esgoto. Não foram perfurados poços, não houve modernização na rede de distribuição, na aquisição de novos equipamentos e coube a nós, agora, acharmos uma solução para todos esses problemas”, disse o prefeito.

Segundo prefeito, o projeto indica necessidade de R$ 500 milhões para investimentos e a prefeitura contra com aproximadamente R$ 80 milhões a serem liberados por etapas pelo governo federal. “Ou seja, existe um déficit significativo de mais de R$ 400 milhões, não é brincadeira, é o desenvolvimento do município que está em jogo. Com esse levantamento em mãos vamos definir as alternativas e tudo será apresentado à sociedade de forma séria e transparente.”

O empresário Roberto Borghette de Mello, diretor da Toca Imóveis e um dos responsáveis por grande parte de empreendimentos e modelos de expansão imobiliária da cidade, elogiou o planejamento.

“Enaltecemos a atuação do ex-prefeito Armando Biava que lá no passado fez importantes investimentos, tinha visão da importância do abastecimento de água. Enalteço também a preocupação do prefeito Vinicius que está buscando solução para o problema da falta de água e para o tratamento do esgoto na cidade.”