Marília

“CDHU vem sempre despejar morador; agora não mandou ninguém”

“CDHU vem sempre despejar morador; agora não mandou ninguém”

O conjunto de prédios da CDHU (Companhia de Desenvolvimento habitacional e Urbano) do Estado na zona sul de Marília colecionaram prejuízos com o temporal da terça-feira à tarde mas segundo os moradores pouco socorro apareceu quase 24h depois do problema.

A queda de um muro, posto de saúde interditado, muitas telhas voando, muitos carros atingidos, vidros quebrados foram os casos mais comuns. Os prédios tiveram situações mais graves.

A principal foi a queda de um pedaço de muro que suporta acesso à caixa de água. Um bloco de concreto deslizou pelo telhado e ficou perto de cair. Até às 11h de hoje não havia sido retirado. No mesmo prédio muitas telhas caíram e muitos apartamentos foram molhados pela força da chuva com vento e janelas quebradas.

Em outro prédio a parede da caixa de água formou uma “barriga” para dentro. Não há risco de queda mas será preciso uma análise de capacidade da parede suportar eventuais novos impactos.

Há pedaços de vidro, peças de carros, restos de telhas e sujeira em diferentes pontos. Uma equipe da defesa civil passou pelo local e orientou moradores dos apartamentos logo abaixo da caixa d’água a deixar os imóveis em caso de novo temporal.

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“A CDHU mesmo não mandou ninguém. Eles vêm muito aqui o tempo todo para despejar moradores, há dezenas de processos em andamento. Gente que comprou há dois, três anos está ameaçada de despejo por dívida antiga e não consegue renegociar. Hoje ainda não mandaram ninguém”, disse uma moradora.

O síndico do bloco, Sidney Palomo, disse que vai procurar a companhia e as informações sobre seguro e pediu suporte para repor e organizar as telhas, além de eventual reparo pelos danos nos carros.  “O meu mesmo amassou e isso porque eu saí na chuva para manobrar. Quem deixou o carro teve mais prejuízo.”

Um Escort de um morador foi atingido nos vidros, lataria e até para-choques, danificados por pedaços de madeira que caíram, segundo moradores. O posto de saúde, que segundo o síndico já tem problema com falta de medicamentos e até profissionais, foi interditado de vez, a estrutura foi ameaçada pela chuva.