Saúde

Saúde e hospitais discutem plano de emergência contra dengue

Discussão envolve representantes da secretaria e hospitais
Discussão envolve representantes da secretaria e hospitais

A Secretaria Municipal da Saúde promoveu nesta terça-feira (15) encontro com dirigentes de hospitais e instituições de saúde para discutir prevenção e atendimento a pacientes com dengue e suspeitas da doença. O encontro é parte da montagem do Plano de Contingenciamento a ser implantado pela cidade para evitar nova epidemia. No primeiro semestre foram mais de 15 mil casos além de pelo menos oito mortes por dengue.

“É uma preocupação muito grande, afinal, o Estado de São Paulo viveu uma situação grave com milhares de casos da doença e o cenário para o futuro não é positivo, com previsão da incidência de novos casos”, disse o secretário da Saúde, Danilo Bigeschi

A reunião discutiu medidas técnicas como organizar fluxo de pacientes e classificação de risco para evitar casos mais graves e os óbitos. Pelo menos uma das vítimas em meio à epidemia teria falecido após horas aguardando atendimento no plantão.

Segundo balanço da Divisão Epidemiológica, nos quase 80 dias do segundo semestre em Marília foram confirmados 15 casos da doença na cidade.

“A situação na cidade está sob controle, porém, é fundamental a participação de todos, inclusive da população permanentemente em alerta, olhando quintais, terrenos para evitarmos os criadouros da dengue.”

Segundo a prefeitura, 223 municípios paulistas estão em fase inicial de epidemia no Estado de São Paulo.

Para a coordenadora de Núcleo de Pediatria do Hospital Materno Infantil (Famema), Celeste Maria Bueno Mesquita a importância da mobilização contra a dengue está no alerta a ser feito junto à população.

“A situação é séria, Marília viveu um primeiro semestre de apreensão, doentes e até mortes. Cada morador deve fazer a sua parte. Passamos por dias de chuva e agora é o momento da população olhar cuidadosamente seu quintal, o terreno vago ao lado, afinal, água parada, calor e sol são propícios para a proliferação da doença”, ressaltou a médica.