Marília

Oposição critica privatização e Coraíni sobe o tom, veja vídeo

Oposição critica privatização e Coraíni sobe o tom, veja vídeo

A proposta de concessão dos serviços de captação e abastecimento de água em Marília mal começou a tramitar e já arrancou muitas manifestações contrárias da oposição e de movimentos sociais em Marília.

O vereador Mário Coraíni Júnior (PTB), que já foi diretor executivo da autarquia, protagonizou as críticas mais elevadas com discurso na Câmara na sessão de segunda-feira, pouco depois do anúncio formal da proposta e da chegada do projeto à Câmara. Grupo de servidores do Daem chegou a convocar um protesto contra a medida, mas o ato foi esvaziado por uma reunião com servidores horas antes. Poucos trabalhadores foram ao legislativo.

Ainda assim, Coraíni usou termos fortes, como patifaria, para definir a medida. Segundo o vereador, o Daem foi quebrado para que a medida pudesse ser justificada.  Para o vereador, a crise do Daem foi planejada por falta de pagamentos e investimentos.

A ONG Matra (Marília Transparente), disse que o prefeito contraria promessas de campanha ao promover a concessão. O movimento Marcha da Cidadania reproduziu as informações da Matra e vídeo em que o prefeito participa de debate com Conselho de leigos ligado à Igreja Católica e promete, durante a campanha de 2012, revitalizar o Daem.

Outros movimentos divulgaram imagens de protestos realizados durante a gestão dos ex-prefeitos Mário Bulgareli/Ticiano Tóffoli quando a privatização passou a ser tema recorrente no cenário político.

CONCESSÃO

Em sua justificativa para a medida, o prefeito apresentou na segunda-feira um quadro de crise financeira e incapacidade de investimentos. Segundo as informações oficiais, o Daem precisaria distribuir 11 milhões de litros de água a mais para atender as necessidades de Marília e ainda perde até 40% de toda a água que poderia ser distribuída, seja em falta de estrutura, vazamentos, estrutura antiga e outras deficiências.

Pelo quadro apresentado, em 35 anos o Daem precisa investir R$ 638 milhões para resolver o problema e tem perspectiva de receber pouco mais de R$ 100 milhões. Segundo a prefeitura, a privatização é a saída para esse problema, já que a empresa seria obrigada a investir.