Um protesto no sábado pela manhã e muita pressão sobre os vereadores na sessão de segunda-feira em Marília vão levar para as ruas grupos de moradores, lideranças comunitárias, sindicatos e ONGs contra a privatização dos serviços de água e esgoto em Marília.
No sábado, dia 10, os manifestantes marcaram reunião às 10h na rua 9 de Julho, em frente a Galeria Atenas, para atrair apoio popular e divulgar manifesto contra a concessão dos serviços. A pressão sobre os vereadores deve levar movimento para as galerias e porta da Câmara na segunda-feira do dia 19, dia da sessão ordinária, a partir de 17h, ou antes disso, caso seja convocada uma sessão extra.
Apesar da organização, ainda não é certo que o projeto que entre em votação o projeto de lei para autorizar a prefeitura a privatizar os serviços. Enviado na segunda-feira para a Câmara, a proposta segue em tramitação interna.
As manifestações contra a medida já provocaram lançamento de uma página no Facebook com o tema “O Daem é dos Marilienses”. A página pede participação popular na pressão direta contra os vereadores. A ONG Matra (Marília Transparente) entrou na divulgação da página e dos movimentos.
Além disso, aponta o risco de a população sofrer com tarifaço após a privatização, como acontece com os serviços de transporte. Maior incidência de impostos, reajustes para atender interesses da empresa concessionária e a busca de lucros com os serviços são apontados como riscos para os moradores.
O movimento ganhou apoio de instituições como a Paróquia Sagrada Família, instalada no bairro Castelo Branco e muito atuante em movimentos sociais. Além de apoiar manifestações como a marcha da cidade, a comunidade da paróquia e o próprio pároco local, Padre Edson, apoiaram a greve dos servidores municipais, em maio e junho.
O Sindicato dos Servidores, que não promovia mobilizações desde o polêmico acordo para encerrar a greve dos servidores em junho, convocou participação dos trabalhadores nos protestos. O presidente da entidade, Mauro Cirino, é servidor ligado ao Daem.
Os movimentos ligados ao protesto também intensificaram divulgação de um vídeo de 2012, gravada em encontro do então candidato a prefeito Vinícius Camarinha com grupo de leigos e ativistas ligados à Igreja Católica. Na gravação, Vinícius diz que vai defender o Daem e critica a privatização do órgão.
A CONCESSÃO
O projeto de lei enviado pela prefeitura à Câmara prevê concessão dos serviços de captação e abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto por empresa terceirizada por período de 35 anos.
Neste período, a empresa deve promover série de obras de modernização do sistema de abastecimento, incluindo a conclusão das obras de implantação da rede de tratamento de esgoto, com investimento projetado de R$ 630 milhões.
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