Marília

CONSELHO – Candidatos querem anular eleição; vídeo e fotos reforçam polêmica, veja

Fotos da apúração devem integrar pedidos: caneta azul era proibida na contagem de votos – Reprodução
Fotos da apúração devem integrar pedidos: caneta azul era proibida na contagem de votos – Reprodução

Um grupo de candidatos ao Conselho Tutelar de Marília anuncia pelas redes sociais que vai  protocolar até a próxima segunda-feira duas medidas com pedidos de anulação e impugnação do processo eleitoral na cidade. Uma mensagem na internet tenta reunir todos os candidatos interessados em medidas coletivas contra a eleição.

A divulgação de um vídeo e algumas fotos da apuração reforçou nesta quinta-feira a polêmica sobre o processo eleitoral, criticado por série de trapalhadas e sinais de desorganização. 

O advogado Rubens Henrique de Freitas já foi indicado como responsável pelas medidas. Pelo menos dois candidatos, além de apoiadores, divulgam em suas páginas das redes sociais convite para que outros interessados entrem na ação.

Ele deve protocolar um pedido de anulação como recurso administrativo junto ao Conselho Municipal da Criança e Adolescente, que organizou a eleição, além de medida judicial.

“Sinceramente, o que me assustou foi a falta do cumprimento da lei naquele dia. Assisti horrorizado candidatos usando do transporte de vans, ônibus, boca de urna, falta de cumprimento dos dispositivos da lei que regularia as eleições (documento criado pela Comissão Eleitoral do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente). Vi, pessoalmente, uma dificuldade para os deficientes físicos votarem”, disse o advogado em uma página do Facebook.

“Vi assustado (dada a falta de bom senso) pessoas transitando livremente com material de campanha nas dependências dos colégios e ninguém fez absolutamente nada. A gama de irregularidades foi descomunal”, afirmou.

IMAGENS
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O vídeo divulgado hoje mostra conversa entre integrantes da comissão apuradora com revelação de descontrole no registro de contagem de votos. A conversa indica que podem ter sido computados votos a mais.

Além disso, circularam fotos de apuração em que mesários aparecem com canetas vermelhas – usadas para a contagem – e azuis muito próximas às folhas. As canetas azuis deveriam ser proibidas na apuração, já que a votação foi toda manual, em grande volume de folhas.

Mas as novas denúncias só engrossam uma relação de queixas dos candidatos que começam com informações desencontradas durante o processo, erros nos registros das candidaturas, prejuízos a dias de trabalho de campanha e divulgação.

O ponto alto foi uma votação tumultuada, demorada, agravada pela denúncia de que um grupo religioso reuniu eleitores em café da manha e transportou todos para seções de votações em ônibus.


Foto da apuração mostra caneta azul, que seria proibida, na mesa

“No dia da apuração, muito antes do resultado, eu disse e tenho testemunhas. Mesmo que eu seja eleito, vou pedir anulação”, disse o candidato José Carlos Firme, que teve pouco mais de 400 votos.

Segundo ele, todo o processo mostrou máculas. Primeiro a mudança do sistema de votação – houve anúncio de votação eletrônica e depois foi definida a manual – e dificuldades para mudar registro dos nomes nas cédulas. Além disso, ele aponta problemas no registro dos candidatos, na divualgação dos nomnes, na organização da votação e em toda a apuração.


Outra imagem de caneta azul na mesa durante apuração

“No Amilcare eleitores piuderam votar sem o título. No gabriel não. entrão como é, dois pesos e duas medida?Fiscal circulando na seção com camiseta de candidato, uma mesária teria feito uma sugestão de voto”, disse Firme.

Ainda segundo o candidato, até em relação aos prazos para os recursos existem informações conflitantes na organização da eleição e informações sobre três e cinco dias. Até por isso e por todas as dificuldades que diz ter enfrentado para discutir a organização da eleição< firme disse que os candidatos devem ter prontas medidas administrativas e judiciais. “Uma será em relação ao Conselho, que será decidido pela comissão eleitoral com o promotor. Mas já preparamos também uma para a Justiça comum, que aí a tramitação não depende do conselho.”