A suspeita de envenenamento e o risco de morte de uma onça mantida pelo bosque de Garça é o centro de uma mobilização de ativistas de proteção animal em Marília e Garça com conexões em Bauru e Botucatu.
Os ativistas querem conseguir tratamento monitorado e novo abrigo para o animal, inclusive com oferta de espaço em um sítio da cidade. Querem ainda uma investigação sobre as condições de tratamento da onça no Bosque.
A mobilização começou com a denúncia de que o animal estaria há mais de 20 dias em uma jaula sem cuidados de conforto, abrigo adequado contra o frio e sem acompanhamento permanente. Como o bosque já perdeu outros animais, um dos protetores decidiu investigar por conta própria e produziu um vídeo da onça.
O vídeo correu redes sociais e formou um grupo de ativistas em campanha para acompanhar o atendimento. Também virou um debate de servidores do bosque contra o protetor. Em uma segunda gravação, ele mostra informações de que o animal foi envenenado e promessa dos servidores de que a onça recebe atendimento adequado.
Mas o protetor denuncia pressão e coação, diz que a gestão do bosque e servidores com cargos políticos. O caso chegou até à Polícia Ambiental, que já esteve no local e conversou com tratadores. Identificou que a onça está doente mas recebe atendimento veterinário.
Para os ativistas, o mais adequado seria levar a onça para um dos chamados santuários, áreas rurais com abrigos e equipes especializadas em receber e reintegrar estes animais na natureza ou oferecer acompanhamento necessário quando isso não é possível.
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A campanha ganhou força pela lembrança da morte de um leão no bosque, em 2013, Os protetores querem ainda acompanhar atendimento a outros animais, com queda de pelos e sinais de envenenamento.
Ainda que não haja maus tratos, as suspeitas de agressão seriam indicador de que o Bosque não consegue proteger os animis de forma adequada e por isso a importância de transferência para santuários ou áreas de isolamento mais adequadas.
No início da madrugada um grupo com mais de 20 protetores já acompanhava o caso e recebeu informações de possível transferência da onça, o que provocou contatos em Bauru e Botucatu, para onde o animal poderia ser levado.
Caso isso ocorra, os ativistas pretendem acompanhar a transferência, chegada do animal ao destino e todo o processo de atendimento.