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Região tem 21 cidades no Mapa da Violência contra Mulher

Região tem 21 cidades no Mapa da Violência contra Mulher

A região administrativa de Marília tem 21 cidades listadas no Mapa da Violência contra a Mulher e 16 delas apresentam taxas de mortalidade maior que a do Estado. O Mapa foi divulgado na segunda-feira em São Paulo com dados de todo o país contabilizados até 2013.

Há ainda outras cidades que mesmo vinculadas a outras regiões administrativas usam serviços e mantém relações de comércio, compras e movimento em Marília, como Gauimbê, Getulina ou Duartina.

O mapa forma um ranking da violência contra a mulher a partir das taxas medidas a partir da população feminina na cidade. Assim, Marília com dois casos e Queiroz, com apenas um assumem posições e taxas médias diferentes. Enquanto Marília tem taxa de 2,5 mortes, Queiroz atinge 14,2 muito próximo da pior média estadual no país, que é a Roraima (15,3).

A tabela mostra que em geral o número de mortes cresceu em todo o país. A taxa brasileira subiu de 2,3 em 1980 para 4,8 em 2013. Entre 2003 e 2013, o número de vítimas do sexo feminino passou de 3.937 para 4.762, incremento de 21,0% na década. Essas 4.762 mortes em 2013 representam 13 homicídios femininos diários.

Entre 2006, ano da promulgação da lei Maria da Penha e 2013, apenas em cinco Unidades da Federação foram registradas quedas nas taxas: Rondônia, Espírito Santo, Pernambuco, São Paulo e Rio de Janeiro.

Vitória, Maceió, João Pessoa e Fortaleza encabeçam as capitais com taxas mais elevadas no ano de 2013, acima de 10 homicídios por 100 mil mulheres. No outro extremo, São Paulo e Rio de Janeiro são as capitais com as menores taxas.

Dentre cem municípios com mais de 10.000 habitantes do sexo feminino (com as maiores taxas médias de homicídio de mulheres/por 100 mil), as 10 primeiras posições no ranking nacional são: Barcelos/AM (1º), Alexânia/GO (2º), Sooretama/ES (3º), Conde/PB (4º), Senador Pompeu/CE (5º), Buritizeiro/MG (6º), Mata de São João/BA (7º), Pilar/AL (8º), Pojuca/BA (9º) e Itacaré/BA (10º).

DIAS DE ATIVISMO

O dia 25 de novembro foi instituído como o Dia Internacional de Eliminação da Violência contra as Mulheres. Em 1999, a Assembleia Geral das Nações Unidades escolheu esse dia como lembrança do 25 de novembro de 1960, quando as três irmãs Mirabal, ativistas políticas na República Dominicana, foram assassinadas a mando do ditador Rafael Trujillo.

A partir do dia 25, a ONU convoca 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres até o Dia Internacional dos Direitos Humanos, em 10 de dezembro. No Brasil, a Campanha tem início um pouco antes, no dia 20 de novembro, declarado o Dia Nacional da Consciência Negra – para reforçar o reconhecimento da opressão e discriminação históricas contra a população negra e ressaltar o grande número de mulheres negras brasileiras vítimas da violência de gênero.