Marília perdeu na manhã deste domingo um dos moradores mais comprometidos com registro e resgate da memória da cidade: Antonio Augusto Neto Filho, 83, servidor público aposentado e um dos fundadores da Comissão de Registros Históricos da Câmara. Enfrentava um câncer há alguns meses.
Nascido em Marília em março de 1932, Toninho, como era conhecido, era filho do pioneiro Antonio Augusto Neto e fez todo sua vida pessoal e profissional na cidade. Estudou no Sagrado e na escola de Comércio, onde formou-se em contabilidade, antes de trabalhar com o pai na primeira rodoviária da cidade, na rua Carlos Gomes, e na empresa distribuidora de combustíveis da família.
Em 1958, aos 26 anos, começou a trabalhar no setor de almoxarifado da prefeitura a convite do prefeito Miguel Argollo Ferrão. Iniciou carreira como servidor municipal que o levou a diferentes funções, incluindo chefe de gabinete.
Além do almoxarifado, trabalhou na tesouraria e gabinete e atuou durante gestão de sete prefeitos na cidade: Octavio Barreto Prado, Armando Biava, Pedro Sola, Theobaldo de Oliveira Lyrio e José Abelardo Guimarães Camarinha. Também atuou como relações públicas da Câmara nas gestões de Luiz Rossi e Ruy Garrido.
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Em 1983 participou da fundação da Comissão de Registros Históricos da Câmara com os vereadores Aldo Pedro Coneglian e Armando Raineri e os pioneiros Sebastião Carvalho Leme, fotógrafo, e Paulo Correa de Lara, cartorário, ambos já falecidos.
Em 1992 prestou depoimento gravado para a Comissão e além de contar detalhes de sua história profissional e pessoal, lembrou diferentes momentos da vida administrativa e econômica da cidade e da região, além de participar de momento único que mostra atuação de Paulo Lara e outros pioneriros da comissão.
Casado com Marilena Bassan, Toninho neto teve três filhos: o agrônomo Mario Luiz Neto, a fonoaudióloga Ana Rita Neto e a administradora de empresa Marilena Neto Nakadaira. Será sepultado ainda neste domingo às 17h.
